Coisas Que Não Quero Saber

Deborah Levy, sul-africana radicada em Londres, é uma das vozes mais originais e transgressoras da literatura de língua inglesa. Em Coisas Que Não Quero Saber ela tece uma resposta, feminina, ao conhecido ensaio de George Orwell "Por que escrevo", de 1946.
Aqui ela reflete, literariamente, sobre as razões que a levaram a escrever, tendo como pano de fundo a África do Sul, onde cresceu e onde seu pai foi preso por lutar contra o apartheid; o subúrbio londrino em que, exilada, passou a adolescência; e Maiorca, a ilha espanhola que é como um refúgio na maturidade.


Neste relato vívido e perspicaz sobre como despretensiosos detalhes da vida pessoal de uma autora podem ganhar força na ficção, Levy sugere muito mais do que de fato diz.
De certa forma, uma versão atualizada de "Um teto todo seu", de Virginia Woolf, esta elegante autobiografia literária desvela a necessidade da mulher de dizer o que pensa, de projetar sua voz e ocupar seu lugar no mundo.
Deborah Levy nasceu em Joanesburgo, África do Sul, em 1959. Seu pai, o historiador Norman Levy, um judeu de origem lituana e membro do partido social-democrata African National Congress, foi preso devido à sua atuação política antiapartheid.
A autora tinha nove anos quando ele foi libertado, ainda em regime de prisão domiciliar, o que motivou a mudança da família para a Inglaterra.
Estudou no extinto Dartington College of Arts até 1981, quando passou a escrever suas primeiras peças de teatro para a Royal Shakespeare Company. Em 1986, publicou Beautiful Mutants, primeiro dos seus seis romances, pelos quais recebeu diversos prêmios internacionais.
Foi duas vezes finalista do Man Booker Prize, com Nadando de volta para casa e Hot Milk (2016), livros em que explora questões sobre identidade, exílio e deslocamento.

Eu sei, em linhas gerais, como me tornei escritor. Não sei exatamente por quê. Teria mesmo necessidade, para existir, de alinhar palavras e frases? Bastava-me, para viver, ser o autor de alguns livros? [...] Será preciso que, um dia, eu comece a me servir das palavras para desmascarar o real, para desmascarar a minha realidade.
Georges Perec, Espèces d’espaces

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Neste relato vívido e perspicaz sobre como despretensiosos detalhes da vida pessoal de uma autora podem ganhar força na ficção, Levy sugere muito mais do que de fato diz.
De certa forma, uma versão atualizada de “Um teto todo seu”, de Virginia Woolf, esta elegante autobiografia literária desvela a necessidade da mulher de dizer o que pensa, de projetar sua voz e ocupar seu lugar no mundo.
Deborah Levy nasceu em Joanesburgo, África do Sul, em 1959. Seu pai, o historiador Norman Levy, um judeu de origem lituana e membro do partido social-democrata African National Congress, foi preso devido à sua atuação política antiapartheid.
A autora tinha nove anos quando ele foi libertado, ainda em regime de prisão domiciliar, o que motivou a mudança da família para a Inglaterra.
Estudou no extinto Dartington College of Arts até 1981, quando passou a escrever suas primeiras peças de teatro para a Royal Shakespeare Company. Em 1986, publicou Beautiful Mutants, primeiro dos seus seis romances, pelos quais recebeu diversos prêmios internacionais.
Foi duas vezes finalista do Man Booker Prize, com Nadando de volta para casa e Hot Milk (2016), livros em que explora questões sobre identidade, exílio e deslocamento.

Eu sei, em linhas gerais, como me tornei escritor. Não sei exatamente por quê. Teria mesmo necessidade, para existir, de alinhar palavras e frases? Bastava-me, para viver, ser o autor de alguns livros? […] Será preciso que, um dia, eu comece a me servir das palavras para desmascarar o real, para desmascarar a minha realidade.
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