Na explicação de Prunes, organizador do livro “Hayek no Brasil”, o Liberalismo, em seu “sentido clássico”, só não desapareceu na segunda metade do século XX graças ao esforço do professor, filósofo e economista Friedrich August von Hayek, juntamente com o apoio de alguns economistas, filósofos e empresários que o tinham como importante referencial.
Com efeito, seu pensamento ainda exerce influência até os dias de hoje. Descendente da nobreza austríaca, Hayek nasceu em Viena, em 1899, “numa família de cientistas e professores acadêmicos”.
No início de sua carreira esteve indeciso entre tornar-se economista ou psicólogo. “Escolheu a economia e seu trabalho neste campo é notável”.
Em 1974, ganhou o Prêmio Nobel de Economia: “famoso por seus inúmeros artigos, livros e ensaios em defesa da economia de mercado, da democracia representativa e um governo com poderes limitados”.
A visão político-filosófica de Hayek advém, especificamente, da corrente britânica do Iluminismo, na qual se destacaram homens como John Locke, Bernard de Mandeville, David Hume, Adam Smith e Edmund Burke.
Costuma-se dividir em quatro fases a bem-sucedida carreira acadêmica de Hayek5. De fato, desde que teve seu primeiro contato com a Escola Austríaca, Hayek se convenceu que poderia haver uma “ordem de mercado sem projetista centralizado”.
Mas foi com os trabalhos de Ludwig von Mises que Hayek chegou a conclusão de que estava no caminho errado percebendo o “quão falaciosos e equivocados eram os caminhos do socialismo” e principalmente, que o socialismo era incompatível com a liberdade.
Assim para explicar essa diferenciação entre o socialismo e o liberalismo utilizo-me das lições de Ferraz que esclareceu desta forma: “no socialismo a liberdade individual é solapada pela ideia de um Estado cada vez maior (no socialismo a comunidade – importa mais que a liberdade individual) já no liberalismo a liberdade individual é um valor precioso a ser resguardado”.