O Brasil E O Capital-Imperialismo

Um dos motes provocadores da pesquisa que gerou este livro se traduzia em dramática disjuntiva: a crise social, que se prolonga e intensifica há três décadas no Brasil, expressa a crise do capitalismo ou pode ser um ponto a partir do qual, aprofundando ainda mais as desigualdades e iniquidades, se expandem relações capitalistas?

Em que medida a expansão do capitalismo na atualidade pode ocorrer sem estar impregnado de capital-imperialismo? A análise dos processos econômicos articulados a seus efeitos sociais e às lutas de classes no Brasil contemporâneo indica que não pode haver uma escolha abstrata ou uma hipótese elaborada a frio. A crise social aguça e exacerba contradições que podem impulsionar a luta contra o capitalismo; porém, também suscita contratendências procurando ofuscar e impedir tais lutas. Para tanto, as burguesias – ainda que subalternas – precisam continuamente expandir suas formas de encapsulamento dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que expandem suas fontes de extração de mais-valor.
Convocados para fundamentar o desafio de compreender a forma específica do capitalismo e do imperialismo contemporâneos e, neles, o papel desempenhado pelo Brasil, este livro está entremeado de um retorno aos grandes clássicos do pensamento crítico, em especial Marx, Lenin e Gramsci. Procurei realizar, sobretudo nos dois primeiros capítulos, uma operação complexa: compreender o contexto histórico no qual conceitos fundamentais do marxismo foram elaborados, mostrar a vivacidade de tais conceitos centrais e evitar, cuidadosamente, aplicá-los de maneira mecânica aos processos históricos atuais. Isso porque a tarefa que esses autores nos legam é a de capturar o movimento histórico do capital, que sem cessar altera as condições da vida social, exacerba contradições e promove novas tragédias socioambientais ao procurar expandir-se ilógica e absurdamente.
As últimas décadas do século XX e o início deste novo milênio evidenciaram a urgência da retomada destes clássicos, de maneira a permitir o deciframento das novas conexões entre a gigantesca expansão do capitalismo e o imperialismo.

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Um dos motes provocadores da pesquisa que gerou este livro se traduzia em dramática disjuntiva: a crise social, que se prolonga e intensifica há três décadas no Brasil, expressa a crise do capitalismo ou pode ser um ponto a partir do qual, aprofundando ainda mais as desigualdades e iniquidades, se expandem relações capitalistas? Em que medida a expansão do capitalismo na atualidade pode ocorrer sem estar impregnado de capital-imperialismo? A análise dos processos econômicos articulados a seus efeitos sociais e às lutas de classes no Brasil contemporâneo indica que não pode haver uma escolha abstrata ou uma hipótese elaborada a frio. A crise social aguça e exacerba contradições que podem impulsionar a luta contra o capitalismo; porém, também suscita contratendências procurando ofuscar e impedir tais lutas. Para tanto, as burguesias – ainda que subalternas – precisam continuamente expandir suas formas de encapsulamento dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que expandem suas fontes de extração de mais-valor.
Convocados para fundamentar o desafio de compreender a forma específica do capitalismo e do imperialismo contemporâneos e, neles, o papel desempenhado pelo Brasil, este livro está entremeado de um retorno aos grandes clássicos do pensamento crítico, em especial Marx, Lenin e Gramsci. Procurei realizar, sobretudo nos dois primeiros capítulos, uma operação complexa: compreender o contexto histórico no qual conceitos fundamentais do marxismo foram elaborados, mostrar a vivacidade de tais conceitos centrais e evitar, cuidadosamente, aplicá-los de maneira mecânica aos processos históricos atuais. Isso porque a tarefa que esses autores nos legam é a de capturar o movimento histórico do capital, que sem cessar altera as condições da vida social, exacerba contradições e promove novas tragédias socioambientais ao procurar expandir-se ilógica e absurdamente.
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