A Construção Da Concepção Centro E Periferia No Pensamento Econômico

Este livro trata de investigar como a unidade teórica de análise denominada centro e periferia se transformou no construto ideal para o pensamento econômico.

A questão maior que motivou este livro foi a de compreender como a expansão mundial do modo de produção capitalista produziu uma específica estrutura de relações econômicas caracterizada pela polarização do processo de acumulação de capital, a partir da qual um seleto grupo de países tornou-se capaz de exercer o domínio econômico e financeiro sobre todo o restante de nações do globo.

Marcada por acentuado desnível entre as condições de vida das massas populares do mundo, tal estrutura dicotômica, que coloca frente a frente países ricos e pobres, tem se mostrado capaz de se manter e autorreproduzir, além de revelar a possibilidade da coexistência de dinâmicas de evolução peculiares a cada caso.

Nesse sentido, torna-se importante entender, primeiramente, como essa estrutura havia sido percebida, interpretada e apreendida pelos teóricos da economia política que, desde o início do século XX, preocuparam-se em denunciar a forma agressiva e violenta de avanço do capitalismo sobre as mais remotas regiões do planeta.

Teóricos para os quais esse processo de expansão mercantil sob as rédeas do capital mostrava-se incapaz de resultar numa repartição equitativa e generalizada dos ganhos advindos das trocas, não obstante advogarem que a teoria econômica dominante nem sequer conseguia explicar as razões desse fracasso, o qual resultava em enorme hiato de desenvolvimento econômico.

Surge daí a possibilidade, deveras factível, de realizar uma investigação, em perspectiva histórica, sobre a trajetória teórica que resultou na construção da unidade de análise denominada centro e periferia da economia mundial capitalista.

Em nosso entender, essa estrutura de análise, pautada na existência de um centro economicamente rico e uma periferia pobre, representava a percepção ideal e o reconhecimento teórico da existência concreta da concentração e centralização mundiais da produção social.

Restava buscar compreender como essa assimetria foi conceitualizada pelas diferentes correntes do pensamento econômico crítico e, em especial, como elas acabaram por se acomodar em torno da estrutura centro e periferia como unidade de análise. Tal investigação constituiu-se objeto central deste trabalho.

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Marcada por acentuado desnível entre as condições de vida das massas populares do mundo, tal estrutura dicotômica, que coloca frente a frente países ricos e pobres, tem se mostrado capaz de se manter e autorreproduzir, além de revelar a possibilidade da coexistência de dinâmicas de evolução peculiares a cada caso.

Nesse sentido, torna-se importante entender, primeiramente, como essa estrutura havia sido percebida, interpretada e apreendida pelos teóricos da economia política que, desde o início do século XX, preocuparam-se em denunciar a forma agressiva e violenta de avanço do capitalismo sobre as mais remotas regiões do planeta.

Teóricos para os quais esse processo de expansão mercantil sob as rédeas do capital mostrava-se incapaz de resultar numa repartição equitativa e generalizada dos ganhos advindos das trocas, não obstante advogarem que a teoria econômica dominante nem sequer conseguia explicar as razões desse fracasso, o qual resultava em enorme hiato de desenvolvimento econômico.

Surge daí a possibilidade, deveras factível, de realizar uma investigação, em perspectiva histórica, sobre a trajetória teórica que resultou na construção da unidade de análise denominada centro e periferia da economia mundial capitalista.

Em nosso entender, essa estrutura de análise, pautada na existência de um centro economicamente rico e uma periferia pobre, representava a percepção ideal e o reconhecimento teórico da existência concreta da concentração e centralização mundiais da produção social.

Restava buscar compreender como essa assimetria foi conceitualizada pelas diferentes correntes do pensamento econômico crítico e, em especial, como elas acabaram por se acomodar em torno da estrutura centro e periferia como unidade de análise. Tal investigação constituiu-se objeto central deste trabalho.

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