Sombras De Reis Barbudos

Sombras De Reis Barbudos é uma amostra da pesquisa sobre língua e cultura no âmbito da literatura brasileira, a partir de uma abordagem lexicográfica.

Publicada originalmente em 1972, a versão utilizada em nossa recolha de culturemas fraseológicos e religiosos foi a de 28ª edição publicada pela editora Bertrand Brasil, tendo 142 pinas, 09 capítulos cujos títulos são: 1. A Chegada, 2. Um homem correndo, 3. A Partida, 4. Muros Muros Muros, 5. Cruzes Horizontais, 6. Pausa para um Mágico, 7. O caderno proibido, 8. Cavalos na Chuva, e 9. Das profundezas do céu.

O autor de Sombras De Reis Barbudos, José Jacinto Veiga, conhecido como José J. Veiga, nasceu na zona rural entre Corumbá de Goiás e Pirenópolis, em 1915 e faleceu Rio de Janeiro, em 1999.

A crítica política, social e a historiografia literária consideram Veiga como um dos maiores romancistas e contistas em língua portuguesa do chamado realismo fantástico, bastante influente da segunda metade do século XX no Brasil.

Considerada uma alegoria ao regime militar, como o exposto em trabalhos como Monteiro, Camilo e Kroin, a obra em tela tem como enfoque as consequências da ameaça à liberdade humana por meio de um sistema de governo opressor. O enredo narra os acontecimentos na cidade fictícia de Taitara, que sofre com as atitudes tirânicas da Companhia que se instaura no lugarejo.

A justificativa de escolha do corpus está principalmente na característica regionalista da obra, que tende a mostrar uma valorização cultural, principalmente com a expressiva referência a questões religiosas e ao espaço rural.

Contudo, trata-se de uma forma diferenciada e inovadora de trabalhar o regional, uma vez que se abstém de descrições minuciosas dos personagens, ambientes e costumes dando lugar às misteriosas manifestações sobrenaturais que rodeiam a cidade de Taitara e seus habitantes. Segundo Melo, o autor pincela em seus quadros rurais o insólito, como forma de amenizar o peso regional da escrita veigueana.

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O autor de Sombras De Reis Barbudos, José Jacinto Veiga, conhecido como José J. Veiga, nasceu na zona rural entre Corumbá de Goiás e Pirenópolis, em 1915 e faleceu Rio de Janeiro, em 1999.

A crítica política, social e a historiografia literária consideram Veiga como um dos maiores romancistas e contistas em língua portuguesa do chamado realismo fantástico, bastante influente da segunda metade do século XX no Brasil.

Considerada uma alegoria ao regime militar, como o exposto em trabalhos como Monteiro, Camilo e Kroin, a obra em tela tem como enfoque as consequências da ameaça à liberdade humana por meio de um sistema de governo opressor. O enredo narra os acontecimentos na cidade fictícia de Taitara, que sofre com as atitudes tirânicas da Companhia que se instaura no lugarejo.

A justificativa de escolha do corpus está principalmente na característica regionalista da obra, que tende a mostrar uma valorização cultural, principalmente com a expressiva referência a questões religiosas e ao espaço rural.

Contudo, trata-se de uma forma diferenciada e inovadora de trabalhar o regional, uma vez que se abstém de descrições minuciosas dos personagens, ambientes e costumes dando lugar às misteriosas manifestações sobrenaturais que rodeiam a cidade de Taitara e seus habitantes. Segundo Melo, o autor pincela em seus quadros rurais o insólito, como forma de amenizar o peso regional da escrita veigueana.

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