Os Desafios Pandêmicos E Outros Modos De Re-Existências Nas Artes

No contexto da pandemia que parou o mundo, o VI Congresso da Anda, em formato virtual, cumpriu sua tarefa de reunir os pesquisadores de dança. Foi um evento que assegurou e deu visibilidade a um acumulado robusto de novas abordagens conceituais e artísticas no ambiente acadêmico deste campo artístico do conhecimento.

Dada a natureza desse primeiro e-book contento textos em formato de manifestos, textos resultado de mesas de debate, palestras performances e palestras internacionais, nem todos os textos seguirão rigidamente as normas da ABNT, esse mesmo padrão não ocorrerá nos outros e-books da coleção.

Os artigos apresentados em Os Desafios Pandêmicos E Outros Modos De Re-Existências Nas Artes, o primeiro da coletânea que registra e documenta as diversas comunicações do Congresso, são frutos de discussões e das pesquisas apresentadas nas duas mesas de abertura, uma de debate outra de performance, nas palestras internas ao Comitês Temáticos (CTs), nas mostras artísticas e no Labcrítica.

Eles demonstram o fortalecimento do constructo epistêmico e apontam para novas perspectivas de avanço dos estudos da dança, em suas diversas configurações e funções na sociedade brasileira. Neles se observa uma ênfase na tríade de questões recorrentes na contemporaneidade na esfera dos Direitos Humanos. Assim, o racismo estrutural e ações antirracistas, LGBTM+fobia e as práticas não inclusivas dos corpos diferentes foram debatidos e aprofundados.

Um exemplo disso é a Carta aos Bípedes do Artista Edu O, professor da Escola de Dança da UFBA, onde ele apresenta um novo conceito de bipedia: “Deixa eu te explicar logo que a bipedia, na minha perspectiva, é essa estrutura sócio-econômica-cultural-política que determina o que é normal e o que é anormal, capaz e incapaz. O que apresento como bipedia não se trata da maneira de andar. Eu não estou dizendo sobre como você se desloca ou a galinha e o canguru, é sobre o sistema de opressão pautado numa construção também histórica da normalidade, assim como é construída a ideia de deficiência.”

Nessa carta, a linha abissal entre o deficiente e não deficiente se desfaz assim como os pré (conceitos) que invisibilizam e calam grande parte da sociedade. Os sujeitos não bípedes de que nos fala Edu são indivíduos conscientes de sua potência de vida e criação com uma nova perspectiva de cidadania plena.

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No contexto da pandemia que parou o mundo, o VI Congresso da Anda, em formato virtual, cumpriu sua tarefa de reunir os pesquisadores de dança. Foi um evento que assegurou e deu visibilidade a um acumulado robusto de novas abordagens conceituais e artísticas no ambiente acadêmico deste campo artístico do conhecimento.

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Eles demonstram o fortalecimento do constructo epistêmico e apontam para novas perspectivas de avanço dos estudos da dança, em suas diversas configurações e funções na sociedade brasileira. Neles se observa uma ênfase na tríade de questões recorrentes na contemporaneidade na esfera dos Direitos Humanos. Assim, o racismo estrutural e ações antirracistas, LGBTM+fobia e as práticas não inclusivas dos corpos diferentes foram debatidos e aprofundados.

Um exemplo disso é a Carta aos Bípedes do Artista Edu O, professor da Escola de Dança da UFBA, onde ele apresenta um novo conceito de bipedia: “Deixa eu te explicar logo que a bipedia, na minha perspectiva, é essa estrutura sócio-econômica-cultural-política que determina o que é normal e o que é anormal, capaz e incapaz. O que apresento como bipedia não se trata da maneira de andar. Eu não estou dizendo sobre como você se desloca ou a galinha e o canguru, é sobre o sistema de opressão pautado numa construção também histórica da normalidade, assim como é construída a ideia de deficiência.”

Nessa carta, a linha abissal entre o deficiente e não deficiente se desfaz assim como os pré (conceitos) que invisibilizam e calam grande parte da sociedade. Os sujeitos não bípedes de que nos fala Edu são indivíduos conscientes de sua potência de vida e criação com uma nova perspectiva de cidadania plena.

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