O objetivo desta cartilha é apresentar o conteúdo sobre Autogestão em Habitação de forma simples e objetiva, utilizando textos simplificados e ilustrados, com o propósito de elaborar um material didático de amplo acesso que possa ser utilizado como instrumento de apoio às ações de formação do movimento de moradia, e para o público interessado em conhecer a proposta do processo autogestionário na produção habitacional.

Visa também defender o direito de interferir e de participar na política de forma ativa, com a gestão coletiva e democrática dos recursos públicos, afirmando amplamente a autogestão como um dos princípios defendidos pela União Nacional por Moradia Popular.

O conteúdo da cartilha tem como tema central “Autogestão”, organizado de forma transversal e distribuído em três grandes blocos.

O primeiro bloco apresenta os pontos principais do contexto histórico, a origem da proposta de autogestão, as estratégias e iniciativas construídas pela comunidade em diferentes locais e momentos.

Também neste primeiro bloco são apresentadas as experiências que tiveram apoio de políticas e programas nos âmbitos municipal, estadual e federal.

O segundo bloco aborda o processo de autogestão como princípio político do movimento de moradia e como processo legítimo de participação da classe trabalhadora que elabora estratégias e alternativas de enfrentamento à mercantilização da moradia e das políticas sociais.

O conteúdo do terceiro bloco apresenta questões relacionadas ao processo organizativo do projeto e da obra, utilizando recursos e sugestões de experiências organizativas realizadas como base de apoio, com a intenção de apresentar conteúdos mínimos para a construção do processo de autogestão.

O objetivo desta cartilha é explicar de forma simples e objetiva o conceito de autogestão, os modos como esta proposta foi realizada em diferentes momentos da história, em diferentes lugares, além de apresentar os instrumentos e a forma de intervenção dentro dos princípios defendidos pela UNMP.

Temos direito de interferir e de participar da política de forma ativa, pela gestão coletiva, democrática e participativa na produção habitacional.

Neste processo, as ações estão voltadas para a construção de um espaço mais humanizado, mais solidário, ampliando o horizonte de conquistas por meio da luta popular. Por isso defendemos a Autogestão como princípio e objetivo de luta.