Era Um Garoto

Algumas histórias são tão boas e fascinantes que parecem fruto da mais pura imaginação.
Este é o caso do que se conta em Era Um Garoto. A história do garoto brasileiro que, morando em Berlim, na Alemanha dos pais, vai à padaria e se vê recrutado à força para servir ao exército nazista é daqueles enredos que te prendem de imediato.

Ao escutá-la pela primeira vez, quando ainda era apenas um projeto, não tive dúvidas de dizer ao autor: isso tem tudo para ser um grande livro. E é.
O jornalista Tarcísio Badaró tem faro e talento para boas reportagens, além de um ingrediente nem sempre disponível a todos os profissionais do ramo: sorte. A partir de um pequeno diário caindo aos pedaços que lhe chegou às mãos por acaso, depois de décadas de ostracismo, ele escreveu uma história que reúne aventura, drama, relatos de guerra, anotações de viagem e sentimentos humanos variados. Horst Brenke, o nosso garoto em questão, deixou um registro cru e emocionante, todo escrito em alemão e letra bem miúda, que jamais havia sido lido antes. Com ele, vamos direto ao cenário da 2ª Guerra Mundial em seus momentos finais, em um mundo destroçado pela barbárie, onde ainda há mortes e sangue em demasia.
A saga de Horst Brenke inclui a prisão nos famigerados campos russos, o trabalho escravo em condições perversas, a vida como indigente na Itália. Para nos contar essa história, Tarcísio Badaró fez um primoroso dever de casa: visitou arquivos alemães e russos, consultou historiadores e fontes diversas, leu tudo sobre a guerra e entrevistou os filhos, amigos e a própria viúva do personagem. E fez mais: foi à Europa e empreendeu o mesmo percurso anotado por Horst em seu diário, 71 anos antes, passando por cidades e lugarejos de nove países. O resultado é Era Um Garoto, um livro poderoso, revelador do quanto o bom jornalismo ainda pode nos surpreender em contextos saturados de informação.
A verdade é que essa é uma história que merecia ser contada, vivida por gente de carne e osso, com seus sonhos arrancados e brutalizados em um dos períodos mais tristes de nosso tempo. Para nossa sorte, muitos se safaram para contar o que viram e sofreram. Era Um Garoto fala, acima de tudo, de sobrevivência. De esperança. Do desejo de continuar vivo e lúcido diante de um mundo nem sempre compreensível. É o bastante para nos comover.

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O jornalista Tarcísio Badaró tem faro e talento para boas reportagens, além de um ingrediente nem sempre disponível a todos os profissionais do ramo: sorte. A partir de um pequeno diário caindo aos pedaços que lhe chegou às mãos por acaso, depois de décadas de ostracismo, ele escreveu uma história que reúne aventura, drama, relatos de guerra, anotações de viagem e sentimentos humanos variados. Horst Brenke, o nosso garoto em questão, deixou um registro cru e emocionante, todo escrito em alemão e letra bem miúda, que jamais havia sido lido antes. Com ele, vamos direto ao cenário da 2ª Guerra Mundial em seus momentos finais, em um mundo destroçado pela barbárie, onde ainda há mortes e sangue em demasia.
A saga de Horst Brenke inclui a prisão nos famigerados campos russos, o trabalho escravo em condições perversas, a vida como indigente na Itália. Para nos contar essa história, Tarcísio Badaró fez um primoroso dever de casa: visitou arquivos alemães e russos, consultou historiadores e fontes diversas, leu tudo sobre a guerra e entrevistou os filhos, amigos e a própria viúva do personagem. E fez mais: foi à Europa e empreendeu o mesmo percurso anotado por Horst em seu diário, 71 anos antes, passando por cidades e lugarejos de nove países. O resultado é Era Um Garoto, um livro poderoso, revelador do quanto o bom jornalismo ainda pode nos surpreender em contextos saturados de informação.
A verdade é que essa é uma história que merecia ser contada, vivida por gente de carne e osso, com seus sonhos arrancados e brutalizados em um dos períodos mais tristes de nosso tempo. Para nossa sorte, muitos se safaram para contar o que viram e sofreram. Era Um Garoto fala, acima de tudo, de sobrevivência. De esperança. Do desejo de continuar vivo e lúcido diante de um mundo nem sempre compreensível. É o bastante para nos comover.

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