Visão Do Paraíso

 

Sérgio Buarque De Holanda - Visão Do Paraíso: Os Motivos Edênicos No Descobrimento E Colonização Do Brasil

Visão Do Paraíso foi publicado em 1959 pela Editora José Olympio. O texto originou-se da tese elaborada pelo autor em 1958 no contexto do concurso que o conduziria à cátedra de História da Civilização Brasileira da Universidade de São Paulo.

Visão Do Paraíso aborda e analisa os mitos edênicos aos quais recorre grande parte das narrativas acerca do descobrimento e da colonização da América escritas entre o fim do século XV e o século XVIII.

Os motivos edênicos investigados por Sérgio Buarque eram representações coletivas, nas quais se associava o continente americano ao bíblico Jardim do Éden.

Visão Do Paraíso é um dos mais significativos e eruditos textos da historiografia brasileira, sendo representativo da corrente historiográfica chamada história das mentalidades.

Examinando um período abrangente, que se inicia nos primeiros contatos realizados pelos colonizadores portugueses e espanhóis com o continente americano, até o século XVI, Visão Do Paraíso inaugura o ensaísmo sobre o imaginário do colonizador.

Na época do lançamento de Visão Do Paraíso, predominava o cunho econômico-social dos estudos, mas Sérgio Buarque de Holanda recompôs a concepção paradisíaca que os descobridores tinham do Novo Mundo, desenvolvendo uma abordagem de longa duração, cujos efeitos se fazem sentir até os dias de hoje.

O diálogo estabelecido com a historiografia europeia, acompanhado de um domínio amplo das fontes documentais que retratam as visões idílicas do continente americano, permitiu ao autor realizar uma comparação particularmente original entre a colonização portuguesa e a espanhola da América.

O autor nos mostra como as descrições do Novo Mundo produzidas pelos conquistadores castelhanos estão repletas de elementos fantásticos e correspondem fielmente às temáticas edênicas, enquanto, no caso português, o pragmatismo lusitano assume o lugar da imaginação criadora, assegurando às visões do Paraíso um espaço limitado na América portuguesa.

Nas palavras de Sérgio Buarque: "todo o mundo lendário nascido nas conquistas castelhanas e que suscita eldorados, amazonas, serras de prata, lagoas mágicas, fontes de Juventa tende antes a adelgaçar-se, descolorir-se ou ofuscar-se, desde que se penetra na América lusitana".

 

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Sérgio Buarque De Holanda – Visão Do Paraíso: Os Motivos Edênicos No Descobrimento E Colonização Do Brasil

Visão Do Paraíso foi publicado em 1959 pela Editora José Olympio. O texto originou-se da tese elaborada pelo autor em 1958 no contexto do concurso que o conduziria à cátedra de História da Civilização Brasileira da Universidade de São Paulo.

Visão Do Paraíso aborda e analisa os mitos edênicos aos quais recorre grande parte das narrativas acerca do descobrimento e da colonização da América escritas entre o fim do século XV e o século XVIII.

Os motivos edênicos investigados por Sérgio Buarque eram representações coletivas, nas quais se associava o continente americano ao bíblico Jardim do Éden.

Visão Do Paraíso é um dos mais significativos e eruditos textos da historiografia brasileira, sendo representativo da corrente historiográfica chamada história das mentalidades.

Examinando um período abrangente, que se inicia nos primeiros contatos realizados pelos colonizadores portugueses e espanhóis com o continente americano, até o século XVI, Visão Do Paraíso inaugura o ensaísmo sobre o imaginário do colonizador.

Na época do lançamento de Visão Do Paraíso, predominava o cunho econômico-social dos estudos, mas Sérgio Buarque de Holanda recompôs a concepção paradisíaca que os descobridores tinham do Novo Mundo, desenvolvendo uma abordagem de longa duração, cujos efeitos se fazem sentir até os dias de hoje.

O diálogo estabelecido com a historiografia europeia, acompanhado de um domínio amplo das fontes documentais que retratam as visões idílicas do continente americano, permitiu ao autor realizar uma comparação particularmente original entre a colonização portuguesa e a espanhola da América.

O autor nos mostra como as descrições do Novo Mundo produzidas pelos conquistadores castelhanos estão repletas de elementos fantásticos e correspondem fielmente às temáticas edênicas, enquanto, no caso português, o pragmatismo lusitano assume o lugar da imaginação criadora, assegurando às visões do Paraíso um espaço limitado na América portuguesa.

Nas palavras de Sérgio Buarque: “todo o mundo lendário nascido nas conquistas castelhanas e que suscita eldorados, amazonas, serras de prata, lagoas mágicas, fontes de Juventa tende antes a adelgaçar-se, descolorir-se ou ofuscar-se, desde que se penetra na América lusitana”.

 

https://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-lendo-na-arvore-borda-alca-colorida/

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