História Da América Portuguesa

Sebastião da Rocha Pita. É possível que o nome do autor, nascido no longínquo ano de 1660, não diga nada ao leitor de hoje.
Mas o título de sua obra mais famosa, objeto deste prefácio, tem um significado ainda presente para qualquer brasileiro.

A História da América Portuguesa, publicada pela primeira vez em 1730, foi, durante muito tempo, considerada a primeira História do Brasil digna desse nome. Isto é, o primeiro relato sobre a maior parte da então colônia portuguesa desde a chegada dos lusitanos, em 1500, até as vésperas de sua publicação, em 1724. Ainda que o “título” de livro primeiro de nossa história tenha sido, hoje, perdido (uma outra obra, a História do Brazil, de Frei Vicente do Salvador, foi escrita em 1627, embora tenha sido publicada apenas no século XIX), o trabalho de Rocha Pita continua como uma das principais elaborações sobre os primórdios da presença portuguesa na América. Trata-se de um documento essencial para a compreensão da forma como nós, brasileiros, ainda hoje enxergamos nossa existência como nação.
Nascido em Salvador, filho de um português com uma pernambucana, Rocha Pita estudou no colégio da Companhia de Jesus da Bahia e, segundo alguns biógrafos, teria continuado seus estudos na Universidade de Coimbra, como era costume entre os filhos da elite colonial. Caso tenha de fato frequentado Coimbra não chegou, porém, a se formar em Direito, retornando para o Brasil e ocupando cargos importantes em sua terra natal, como vereador do Senado da Câmara e Coronel de Ordenanças (nome dado às forças militares auxiliares portuguesas).
A ocupação desses cargos permite a inserção de Rocha Pita na chamada “nobreza da terra”, ou seja, como parte da elite local que não apenas se destacava pelo nascimento, mas, também, interferia na política cotidiana a partir de suas ocupações. As homenagens
que recebeu ao longo da vida, como o hábito da Ordem de Cristo (1679) e a mercê de Fidalgo da Casa Real (em 1701 e 1703), mostram que tinha prestígio junto à Coroa portuguesa. Esses títulos, símbolos de honra e distinção social na sociedade portuguesa, podiam ser bastante disputados entre os membros dos grupos dominantes coloniais.

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Sebastião da Rocha Pita. É possível que o nome do autor, nascido no longínquo ano de 1660, não diga nada ao leitor de hoje.
Mas o título de sua obra mais famosa, objeto deste prefácio, tem um significado ainda presente para qualquer brasileiro. A História da América Portuguesa, publicada pela primeira vez em 1730, foi, durante muito tempo, considerada a primeira História do Brasil digna desse nome. Isto é, o primeiro relato sobre a maior parte da então colônia portuguesa desde a chegada dos lusitanos, em 1500, até as vésperas de sua publicação, em 1724. Ainda que o “título” de livro primeiro de nossa história tenha sido, hoje, perdido (uma outra obra, a História do Brazil, de Frei Vicente do Salvador, foi escrita em 1627, embora tenha sido publicada apenas no século XIX), o trabalho de Rocha Pita continua como uma das principais elaborações sobre os primórdios da presença portuguesa na América. Trata-se de um documento essencial para a compreensão da forma como nós, brasileiros, ainda hoje enxergamos nossa existência como nação.
Nascido em Salvador, filho de um português com uma pernambucana, Rocha Pita estudou no colégio da Companhia de Jesus da Bahia e, segundo alguns biógrafos, teria continuado seus estudos na Universidade de Coimbra, como era costume entre os filhos da elite colonial. Caso tenha de fato frequentado Coimbra não chegou, porém, a se formar em Direito, retornando para o Brasil e ocupando cargos importantes em sua terra natal, como vereador do Senado da Câmara e Coronel de Ordenanças (nome dado às forças militares auxiliares portuguesas).
A ocupação desses cargos permite a inserção de Rocha Pita na chamada “nobreza da terra”, ou seja, como parte da elite local que não apenas se destacava pelo nascimento, mas, também, interferia na política cotidiana a partir de suas ocupações. As homenagens
que recebeu ao longo da vida, como o hábito da Ordem de Cristo (1679) e a mercê de Fidalgo da Casa Real (em 1701 e 1703), mostram que tinha prestígio junto à Coroa portuguesa. Esses títulos, símbolos de honra e distinção social na sociedade portuguesa, podiam ser bastante disputados entre os membros dos grupos dominantes coloniais.

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