Em Livros E Televisão: Correlações, a autora relata sua preocupação dominante – possíveis correlações entre o universo dos livros e o dos demais meios de comunicação de massa.
Os dois primeiros estudos de Livros E Televisão: Correlações versam sobre interfaces do universo dos livros com o universo televisivo. O primeiro deles, “Telenovelas adaptadas de romances brasileiros e seus materiais publicitários”, aborda anúncios publicados em jornais quando da estréia de telenovelas brasileiras que tiveram por base romances nacionais. O texto procura mostrar como a origem literária destas telenovelas foi enfocada em seus anúncios publicitários.
“Quando o livro se torna telenovela”, segundo texto deste conjunto, aborda a outra face da adaptação literária – ou seja, enfoca telenovelas nacionais, escritas para TV e que foram “romanceadas” (ou adaptadas de alguma forma) e publicadas em livros; o texto traça o perfil gráfico e editorial destas publicações e discute seus significados culturais.
“Perfil dos livros de ficção mais vendidos no Brasil entre 1990 e 1999” busca, através de listagens de livros mais vendidos publicadas em jornais, identificar e traçar o perfil temático das obras de escritores brasileiros de maior vendagem no período enfocado e, por fim, se detém naquelas em que há uma forte vinculação com o universo televisivo.
“Livros e outras mídias” faz um sobrevôo na multissecular história do livro abordando as principais variações na forma material do livro ao longo de sua história e as diferentes práticas sociais de leitura. O livro, este objeto de existência multissecular, passa a conviver, especialmente a partir do século XX, com outros meios de comunicação de massa e, entre eles, com a televisão.
“Leitores e telespectadores” enfoca, muito breve e genericamente, as disposições para a leitura de um livro em contraposição àquelas solicitadas para a fruição televisiva.
Os estudos de Livros E Televisão: Correlações comungam dois pontos de vista aparentemente, e apenas aparentemente, contraditórios. O primeiro deles é que, a partir do século XX, os meios eletrônicos de comunicação de massa somam-se à produção impressa como instrumentos de informação, educação e cultura.
Os textos aqui reunidos partilham também da crença que, em que pese a complementaridade entre os diversos meios de comunicação, “o impresso continua indispensável para quem quer ser responsável sobre sua informação, ter uma atitude ativa diante da cultura”.