Avanços e retrocessos das práticas da Igreja Católica constituídos em inter‐relação com os enunciados dos documentos eclesiásticos do Vaticano II, no decorrer dos últimos 50 anos, apresentam‐se como tripé sustentador às reflexões de especialistas das Ciências Humanas, provenientes de universidades nacionais e internacionais, reunidos nos dias 3 e 4 de julho de 2013 na UFSCar – Universidade Federal de São Carlos (São Carlos‐SP/Brasil) para a realização do Seminário Internacional O Concílio Vaticano II Como Evento Dialógico, um encontro dialógico entre especialistas das religiões e linguístas a partir do pensamento filosófico de Mikhail Bakhtin e seu Círculo, com a proposta de possibilitar a construção de caminhos mais criativos e humanos que sustentem a constituição de uma ética ecumênica, dialógica, responsível e responsável na compreensão dos discursos religiosos e culturais.
Organizado pelo Grupo de Estudos dos Gêneros do Discurso – GEGe. Programa de Pós‐Graduação em Linguística/Departamento de Letras da UFSCar, o Seminário Internacional foi realizado no âmbito de atividades científicas do projeto de pesquisa de pós-doutoramento Bakhtin e o Discurso Religioso na Contemporaneidade (Programa de Pós‐Graduação em Linguística (PPGL)/ Departamento de Letras (DL)/UFSCar), com apoio da bolsa de pesquisa de pós-doutoramento PNPD/Capes Institucional.
O Concílio Vaticano II Como Evento Dialógico brotou da pluralidade das vozes, sob enfoques diversos, no encontro com palavras outras, na unicidade de um evento singular. “Um pensamento participativo é precisamente a compreensão emotivo‐volitiva do existir como evento na sua singularidade concreta, sob a base do não‐álibi no existir. Isto é, é um pensamento que age e se refere a si mesmo como único ator responsável”, nos diz Mikhail Bakhtin. Eis, então, a nossa justificativa para a indicação da entrega dos textos a posteriori.
