Trabalho E Gênese Do Ser Social Na “Ontologia” De György Lukács

O estudo que ora apresentamos busca explicitar a tese central presente na obra de György Lukács, Para uma ontologia do ser social, em que o autor determina a gênese da práxis humano-social a partir do complexo trabalho

, complexo este cuja dinâmica de suas categorias forma a base sobre a qual tem lugar o processo da autoconstrução do ser social.
Trata-se acima de tudo de desvendar os lineamentos fundamentais que identificamos como as duas teses centrais que constituem a base sobre a qual Lukács elabora sua Ontologia: o trabalho como o complexo que instaura a diferenciação ou peculiaridade ontológica fundante entre a esfera do ser social e a esfera do ser natural e como o complexo que estabelece a estrutura e dinâmica das formas superiores da prática social – razão pela qual é definido como o modelo (Modell) mais geral de toda prática social humana.
Essas teses constituem o arcabouço inicial de sua obra e são desenvolvidas sobretudo no capítulo “O trabalho”, em que o autor explicita o cerne estruturador do pensamento de Marx: o trabalho como complexo decisivo do devir homem do homem.
A análise lukacsiana do complexo trabalho é desenvolvida no interior de suas elaborações sobre a ontologia do ser social.
Formular uma ontologia do ser social implica, para o autor, colocar no centro da reflexão acerca do ser e do destino do homem o complexo que possibilita sua gênese e determina primordialmente o processo de seu desenvolvimento, ou seja, é necessário indagar sobre qual categoria ou complexo categorial tem a prioridade ontológica em relação aos outros, qual delas pode existir sem aquele cujo ser pressupõe ontologicamente o ser do outro.
A análise lukacsiana do trabalho está assentada, portanto, que a compreensão da prática humana e do seu processo de desenvolvimento implica a análise do processo da gênese do ser social, pois são os traços genéticos contidos no complexo originário da prática social que fundamentam e orientam de forma decisiva os passos posteriores do seu desenvolvimento e que, desse modo, nos auxiliam na apreensão dos princípios mais gerais estruturadores da peculiaridade da prática humano-social frente a atividade espontânea da natureza.

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O estudo que ora apresentamos busca explicitar a tese central presente na obra de György Lukács, Para uma ontologia do ser social, em que o autor determina a gênese da práxis humano-social a partir do complexo trabalho, complexo este cuja dinâmica de suas categorias forma a base sobre a qual tem lugar o processo da autoconstrução do ser social.
Trata-se acima de tudo de desvendar os lineamentos fundamentais que identificamos como as duas teses centrais que constituem a base sobre a qual Lukács elabora sua Ontologia: o trabalho como o complexo que instaura a diferenciação ou peculiaridade ontológica fundante entre a esfera do ser social e a esfera do ser natural e como o complexo que estabelece a estrutura e dinâmica das formas superiores da prática social – razão pela qual é definido como o modelo (Modell) mais geral de toda prática social humana.
Essas teses constituem o arcabouço inicial de sua obra e são desenvolvidas sobretudo no capítulo “O trabalho”, em que o autor explicita o cerne estruturador do pensamento de Marx: o trabalho como complexo decisivo do devir homem do homem.
A análise lukacsiana do complexo trabalho é desenvolvida no interior de suas elaborações sobre a ontologia do ser social.
Formular uma ontologia do ser social implica, para o autor, colocar no centro da reflexão acerca do ser e do destino do homem o complexo que possibilita sua gênese e determina primordialmente o processo de seu desenvolvimento, ou seja, é necessário indagar sobre qual categoria ou complexo categorial tem a prioridade ontológica em relação aos outros, qual delas pode existir sem aquele cujo ser pressupõe ontologicamente o ser do outro.
A análise lukacsiana do trabalho está assentada, portanto, que a compreensão da prática humana e do seu processo de desenvolvimento implica a análise do processo da gênese do ser social, pois são os traços genéticos contidos no complexo originário da prática social que fundamentam e orientam de forma decisiva os passos posteriores do seu desenvolvimento e que, desse modo, nos auxiliam na apreensão dos princípios mais gerais estruturadores da peculiaridade da prática humano-social frente a atividade espontânea da natureza.

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