O Xadrez Pedagógico E A Matemática No Contexto Da Sala De Aula

Neste livro, são demonstradas as possibilidades do jogo de xadrez fazer a diferença no processo de formação de todos os alunos na escola.

Há muitas lendas, mitos e equívocos no senso comum sobre as relações entre o xadrez e a inteligência, logo na e para a Educação. No inconsciente coletivo paira a máxima de que um bom jogador de xadrez é ser humano muito inteligente.

E como o inconsciente coletivo prolifera-se no senso comum, sendo este induzido pelo racionalismo já há alguns séculos, não preciso mover mais que um peão para compreender que quem pensa assim, reduz e leva o xadrez para um lugar comum de grande equívoco, um xeque infantil, ou mesmo, um blefe.

Quem pensa desse modo, faz conexões simplistas, porquanto coloca a complexidade da vida e a potência da inteligência humana, no interior de um pensamento altamente especializado e, por consequência, por mais incrível que possa parecer, obtuso. Essa forma de pensar é rebatida na frase do Millôr Fernandes: “o xadrez desenvolve uma inteligência que só serve para jogar xadrez”.

Rubem Alves, corroborando, com toda a sua didática e sagacidade, fala a respeito desse pensamento comum e reducionista em uma de suas crônicas sobre a ciência, no livro “Entre a Ciência e a Sapiência”. Ele descreve o pensamento de um jogador de xadrez que vai deixando de ser humano, para se transformar em autômato, ou melhor, em uma excepcional máquina humana unidimensional, citando Marcuse.

Como é possível então conceber que o xadrez possa conviver com e na Educação contemporânea e progressista, e não ter um fim nele mesmo?

Pensar o xadrez do senso comum e aliá-lo à uma educação reacionária, alienante, dominadora e castradora, infelizmente, é possível. Na verdade, muito desejável para quem ainda acredita que o progresso venha da ordem, que a inteligência brote da disciplina imposta, que a racionalização universal é o fim da educação.

São pessoas que desejam a concretização de um projeto humanista/racionalista, fazendo com que todos pensem igual, a partir de uma única lógica, um único caminho, uma única moral, definida, obviamente, pelos valores da classe dominante.

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E como o inconsciente coletivo prolifera-se no senso comum, sendo este induzido pelo racionalismo já há alguns séculos, não preciso mover mais que um peão para compreender que quem pensa assim, reduz e leva o xadrez para um lugar comum de grande equívoco, um xeque infantil, ou mesmo, um blefe.

Quem pensa desse modo, faz conexões simplistas, porquanto coloca a complexidade da vida e a potência da inteligência humana, no interior de um pensamento altamente especializado e, por consequência, por mais incrível que possa parecer, obtuso. Essa forma de pensar é rebatida na frase do Millôr Fernandes: “o xadrez desenvolve uma inteligência que só serve para jogar xadrez”.

Rubem Alves, corroborando, com toda a sua didática e sagacidade, fala a respeito desse pensamento comum e reducionista em uma de suas crônicas sobre a ciência, no livro “Entre a Ciência e a Sapiência”. Ele descreve o pensamento de um jogador de xadrez que vai deixando de ser humano, para se transformar em autômato, ou melhor, em uma excepcional máquina humana unidimensional, citando Marcuse.

Como é possível então conceber que o xadrez possa conviver com e na Educação contemporânea e progressista, e não ter um fim nele mesmo?

Pensar o xadrez do senso comum e aliá-lo à uma educação reacionária, alienante, dominadora e castradora, infelizmente, é possível. Na verdade, muito desejável para quem ainda acredita que o progresso venha da ordem, que a inteligência brote da disciplina imposta, que a racionalização universal é o fim da educação.

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