Enquanto O Mundo Se Desfaz

Enquanto O Mundo Se Desfaz: Ler A Peste, De Albert Camus, Em Tempo De Pandemia traz análises sutis da construção dos personagens do romance.

Sob o gelo fino que fragilmente cobre as frias águas do lago da vida humana, jazem, por certo, formas de vida que desertaram de nossa experiência comum, tornadas impossíveis que foram pelos atropelos do progresso, pelas irrupções de bestialidades mortíferas ou pelo reles e metódico mecanismo de passagem do tempo que tudo rege – as águas, a vida, o gelo, nós, esta metáfora.

Dentre as formas que eu muito gostaria de ver preservadas está a do intelectual humanista, capaz de formar-se e de outros tantos formar em diálogo largo e fundo com uma pletora de saberes; dono de navegação segura em mares variados; assíduo na intervenção nos assuntos públicos. Enquanto O Mundo Se Desfaz: Ler A Peste, De Albert Camus, Em Tempo De Pandemia, livro de Rodrigo de Lemos do qual extraio a metáfora desse “lago de gelo” de nossas existências, é produto de uma tal forma de vida, e a mim, confesso, serve-me de boa prova da necessidade de preservação dessa experiência vital.

Fosse esta obra um exercício de análise literária e filosófica do potente livro de Albert Camus publicado em 1947, A Peste, e sua publicação já seria mais que bem-vinda. A sensibilidade de Rodrigo de Lemos na empresa do entendimento do objeto estético e literário é conhecida de todos os que já o leram e é o que dita o andamento de cada momento – cada seção, cada capítulo deste livro – da leitura que Lemos compartilha conosco.

É assim que as informações históricas sobre a cidade palco da obra camusiana, Orã, vêm de par com as análises sutis da construção dos personagens do romance; que o conceito de absurdo em Camus, arredio e indomável em sua complexidade filosófica e existencial, comparece com justeza esclarecedora, tanto quanto a polêmica com Roland Barthes em torno da suposta evasão da História na obra – para a qual Camus tem resposta firme, de cuja compreensão amplificada nosso autor dá fartas provas.

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Sob o gelo fino que fragilmente cobre as frias águas do lago da vida humana, jazem, por certo, formas de vida que desertaram de nossa experiência comum, tornadas impossíveis que foram pelos atropelos do progresso, pelas irrupções de bestialidades mortíferas ou pelo reles e metódico mecanismo de passagem do tempo que tudo rege – as águas, a vida, o gelo, nós, esta metáfora.

Dentre as formas que eu muito gostaria de ver preservadas está a do intelectual humanista, capaz de formar-se e de outros tantos formar em diálogo largo e fundo com uma pletora de saberes; dono de navegação segura em mares variados; assíduo na intervenção nos assuntos públicos. Enquanto O Mundo Se Desfaz: Ler A Peste, De Albert Camus, Em Tempo De Pandemia, livro de Rodrigo de Lemos do qual extraio a metáfora desse “lago de gelo” de nossas existências, é produto de uma tal forma de vida, e a mim, confesso, serve-me de boa prova da necessidade de preservação dessa experiência vital.

Fosse esta obra um exercício de análise literária e filosófica do potente livro de Albert Camus publicado em 1947, A Peste, e sua publicação já seria mais que bem-vinda. A sensibilidade de Rodrigo de Lemos na empresa do entendimento do objeto estético e literário é conhecida de todos os que já o leram e é o que dita o andamento de cada momento – cada seção, cada capítulo deste livro – da leitura que Lemos compartilha conosco.

É assim que as informações históricas sobre a cidade palco da obra camusiana, Orã, vêm de par com as análises sutis da construção dos personagens do romance; que o conceito de absurdo em Camus, arredio e indomável em sua complexidade filosófica e existencial, comparece com justeza esclarecedora, tanto quanto a polêmica com Roland Barthes em torno da suposta evasão da História na obra – para a qual Camus tem resposta firme, de cuja compreensão amplificada nosso autor dá fartas provas.

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