764: Da Barragem Pra Cá

764: Da Barragem Pra Cá traz contos, poemas, e relatos autobiográficos de autoras e autores negros do Paranoá, Itapoã e Paranoá Park

Lançado como parte do projeto Mapa das Desigualdades, 764: Da Barragem Pra Cá traz contos, poemas, e relatos autobiográficos de autoras e autores negros do Paranoá, Itapoã e Paranoá Park

É com força de alegria e(m) luta que a padê publica as autoras/es Raquel Prosa, Victor Hugo, Lucas Daniel, Camila S. M., Victória, Capitú, Jad William, Kadan Lopes, Ruana Carla na escrevivências, cole-sã inspirada no conceito de Conceição Evaristo, y dedicada a textos maravilhantes de literatura lgbtqi+ majoritariamente negra, contemporânea, periférica, feita por escritor@s iniciantes.

São mais de 50 títulos de sapatonas, travestis, pessoas trans, gente não-binária, povo preto sexual-dissidente de tantos lugares dum Brasil que insiste em nos matar, que se recusa a ouvir nossas vozes. ainda assim, aqui estamos: falamos, escrevemos. sonhamos!

A feitura dos textos 764: Da barragem Pra Cá, único de autoria coletiva na cole-sã, se deu em oficinas de escrita criativa (ministradas por mim e Kati Souto) y de prosa (ministradas por Pedro Ivo e Nina Ferreira) a partir da inquietação: como corpos dissidentes sexuais y racializados transitam, habitam, transgridem uma cidade periférica do distrito federal?

São exercícios de escrita pós-apocalíptica, relatos autobiográficos, e contos ficcionais expressando as vozes singulares de sujeitxs complexes que contrariam as estatísticas mas também as expectativas da mirada colonial que tenta prender nossa literatura a um paradigma de dor.

O racismo normativo, mola de funcionamento do sistema colonial fez nossa banda do continente ser escravocrata, lgbtqifóbica, negro-indígena genocida, transfeminicida, classista, desesperançosa, fundamentalista, e tem entre suas principais ferramentas o silenciamento: tenta nos roubar de nossas palavras, roubá-las de nós; quer nos contaminar colonizando nossa expressão/discurso/narrativas, quer despermitir que plantemos nosso próprio imaginário.

Pretente, arrogante, difundir seus estereótipos sobre nós enquanto finge que não vê não ouve não sabe nem quer saber o que nós mesmxs temos a dizer sobre nós, sobre o mundo.

Publicar esses textos y autorxs tem a ver com uma fé no contar nossas próprias histórias de forma a curar nosso passado, alimentar nosso presente, construir nosso futuro: além de incomodar sonos injustos, como disse a escritora homenageada pela coleção com “a nossa escrevivência não é para adormecer os da casa grande, e sim para incomodá-los em seus sonos injustos”, nós & nossas palavras estamos aqui principalmente pra embalar os nossos sonhos de mundos, imaginários, afetos, existências possíveis, plenas, autodeterminadas, autoafirmadas literariamente.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

764: Da Barragem Pra Cá

764: Da Barragem Pra Cá traz contos, poemas, e relatos autobiográficos de autoras e autores negros do Paranoá, Itapoã e Paranoá Park

Lançado como parte do projeto Mapa das Desigualdades, 764: Da Barragem Pra Cá traz contos, poemas, e relatos autobiográficos de autoras e autores negros do Paranoá, Itapoã e Paranoá Park

É com força de alegria e(m) luta que a padê publica as autoras/es Raquel Prosa, Victor Hugo, Lucas Daniel, Camila S. M., Victória, Capitú, Jad William, Kadan Lopes, Ruana Carla na escrevivências, cole-sã inspirada no conceito de Conceição Evaristo, y dedicada a textos maravilhantes de literatura lgbtqi+ majoritariamente negra, contemporânea, periférica, feita por escritor@s iniciantes.

São mais de 50 títulos de sapatonas, travestis, pessoas trans, gente não-binária, povo preto sexual-dissidente de tantos lugares dum Brasil que insiste em nos matar, que se recusa a ouvir nossas vozes. ainda assim, aqui estamos: falamos, escrevemos. sonhamos!

A feitura dos textos 764: Da barragem Pra Cá, único de autoria coletiva na cole-sã, se deu em oficinas de escrita criativa (ministradas por mim e Kati Souto) y de prosa (ministradas por Pedro Ivo e Nina Ferreira) a partir da inquietação: como corpos dissidentes sexuais y racializados transitam, habitam, transgridem uma cidade periférica do distrito federal?

São exercícios de escrita pós-apocalíptica, relatos autobiográficos, e contos ficcionais expressando as vozes singulares de sujeitxs complexes que contrariam as estatísticas mas também as expectativas da mirada colonial que tenta prender nossa literatura a um paradigma de dor.

O racismo normativo, mola de funcionamento do sistema colonial fez nossa banda do continente ser escravocrata, lgbtqifóbica, negro-indígena genocida, transfeminicida, classista, desesperançosa, fundamentalista, e tem entre suas principais ferramentas o silenciamento: tenta nos roubar de nossas palavras, roubá-las de nós; quer nos contaminar colonizando nossa expressão/discurso/narrativas, quer despermitir que plantemos nosso próprio imaginário.

Pretente, arrogante, difundir seus estereótipos sobre nós enquanto finge que não vê não ouve não sabe nem quer saber o que nós mesmxs temos a dizer sobre nós, sobre o mundo.

Publicar esses textos y autorxs tem a ver com uma fé no contar nossas próprias histórias de forma a curar nosso passado, alimentar nosso presente, construir nosso futuro: além de incomodar sonos injustos, como disse a escritora homenageada pela coleção com “a nossa escrevivência não é para adormecer os da casa grande, e sim para incomodá-los em seus sonos injustos”, nós & nossas palavras estamos aqui principalmente pra embalar os nossos sonhos de mundos, imaginários, afetos, existências possíveis, plenas, autodeterminadas, autoafirmadas literariamente.

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog