Memorial De Maria Moura

Rachel De Queiroz - Memorial De Maria Moura

Maria Moura, órfã que, ainda jovem, meteu-se em brigas com seus primos, por uma questão de herança de terra. A personagem mostra-se arisca desde os primeiros momentos em que aparece. É no Brasil rural do século XIX que decorrem as empolgantes peripécias da vida dessa personagem, uma espécie de "José do Telhado" no feminino.

Tinha ela apenas 17 anos de idade quando conheceu uma série de acontecimentos altamente dramáticos: encontrou a mãe morta, foi violada pelo padrasto e viu as suas terras cobiçadas por primos sem escrúpulos. Enfrenta a ganância dos primos Irineu, Tonho e sua mulher Firma, já que a prima Marialva está mais interessada em fugir com um artista de circo de olhos verdes iguais aos dela.

Cercada pelos parentes, que pretendiam seqüestrá-la e tomar suas posses, a moça incendeia sua casa no sítio Limoeiro, que ficava próximo da Vila Vargem da Cruz. Foge com um bando de homens, que lembram em tudo cangaceiros.

Uma mulher vulgar sucumbiria a tantas adversidades, mas Maria Moura possuía outra têmpera: Minha primeira ação tinha de ser a resistência [...] Vou procurar as terras da Serra dos Padres - e lá pode ser para mim outro começo de vida. Mas garantida com os meus cabras. Pra ninguém mais querer botar o pé no meu pescoço.

A partir desses acontecimentos, ela se embrenha no mato, organiza roubo, constitui morada, planta, manda assassinar o padrasto que a assediava desde os tempos que a mãe dela era viva (a mãe se enforcou no armador de rede: Sonho com aquela cara de enforcada, a face roxa, os olhos estatelados, a ponta da língua saindo da boca, diz a sinhazinha, assim chamam Maria, cuja história se passa na época da escravidão no Brasil). A seguir, Maria trama a morte do assassino que ela mesma tinha seduzido para matar o padrasto.

Após a fuga do Limoeiro, Maria e seu bando vagam pelas brenhas do sertão ao relento, sem tomar banho e comendo o que aparecesse e aparecia muito pouco. Tudo com muito respeito e dignidade: Maria é a "chefe" do bando e a maior parte dos jagunços são jovens, sem ambição e querendo "aventura", como ela mesma sugere enquanto ia se enchendo do ouro que roubava, numa espécie de farra inconseqüente, até a metade do livro.

 

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Rachel De Queiroz – Memorial De Maria Moura

Maria Moura, órfã que, ainda jovem, meteu-se em brigas com seus primos, por uma questão de herança de terra. A personagem mostra-se arisca desde os primeiros momentos em que aparece. É no Brasil rural do século XIX que decorrem as empolgantes peripécias da vida dessa personagem, uma espécie de “José do Telhado” no feminino.

Tinha ela apenas 17 anos de idade quando conheceu uma série de acontecimentos altamente dramáticos: encontrou a mãe morta, foi violada pelo padrasto e viu as suas terras cobiçadas por primos sem escrúpulos. Enfrenta a ganância dos primos Irineu, Tonho e sua mulher Firma, já que a prima Marialva está mais interessada em fugir com um artista de circo de olhos verdes iguais aos dela.

Cercada pelos parentes, que pretendiam seqüestrá-la e tomar suas posses, a moça incendeia sua casa no sítio Limoeiro, que ficava próximo da Vila Vargem da Cruz. Foge com um bando de homens, que lembram em tudo cangaceiros.

Uma mulher vulgar sucumbiria a tantas adversidades, mas Maria Moura possuía outra têmpera: Minha primeira ação tinha de ser a resistência […] Vou procurar as terras da Serra dos Padres – e lá pode ser para mim outro começo de vida. Mas garantida com os meus cabras. Pra ninguém mais querer botar o pé no meu pescoço.

A partir desses acontecimentos, ela se embrenha no mato, organiza roubo, constitui morada, planta, manda assassinar o padrasto que a assediava desde os tempos que a mãe dela era viva (a mãe se enforcou no armador de rede: Sonho com aquela cara de enforcada, a face roxa, os olhos estatelados, a ponta da língua saindo da boca, diz a sinhazinha, assim chamam Maria, cuja história se passa na época da escravidão no Brasil). A seguir, Maria trama a morte do assassino que ela mesma tinha seduzido para matar o padrasto.

Após a fuga do Limoeiro, Maria e seu bando vagam pelas brenhas do sertão ao relento, sem tomar banho e comendo o que aparecesse e aparecia muito pouco. Tudo com muito respeito e dignidade: Maria é a “chefe” do bando e a maior parte dos jagunços são jovens, sem ambição e querendo “aventura”, como ela mesma sugere enquanto ia se enchendo do ouro que roubava, numa espécie de farra inconseqüente, até a metade do livro.

 

https://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-de-tanto-ler-e-imaginar-branca/

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