Fluido, Fluxo

Pollyana Ferrari (Org.) - Fluido, Fluxo: Reflexões Sobre Imagens Voláteis, Gênero, Pós-Verdade, Fake News E Consumo Neste Tempo De Espirais Fluidas

As relações no século atual se configuram e reconfiguram no espaço de fluxos, não mais em espaços fixos, pré-determinados. E essa fluidez gera diferentes percepções do ser.

No Brasil, o número de dispositivos móveis conectados supera a população: 280 milhões (1,4 dispositivo portátil por pessoa).

O livro Fluido, Fluxo nasce dessa vontade [dos integrantes do grupo de pesquisa Comunidata] de mapear esse tempo fluxo em que vivemos, sejam nas questões de gênero, nas metrópoles, na fotografia, no entretenimento, na velhice, no consumo de informação ou mesmo na avalanche de fake news.

Como afirma Castells, o espaço de fluxos é a forma espacial predominante da sociedade em rede e, mesmo se mantendo o espaço físico, o tempo biológico do corpo, das estações do ano, tudo vai sendo moldado por redes fluidas que invadem a privacidade e impõe um novo formato de sociedade.

No atual século XXI as sociedades confrontam-se com mudanças comportamentais aceleradas e desencadeadas pela sociedade da informação e seus fluxos incessantes.

Essas mutações impõem a necessidade e a urgência de repensar o tempo presente e a comunicação a partir da mediação das telas dos dispositivos móveis.

O conceito de pós-verdade surge nesta sociedade atual que se move em torno das pessoas, das suas histórias, de seus costumes e das suas experiências de vida.

Novos meios e interatores, alta saturação das mídias tradicionais e consumidores cada vez mais imersos na presentificação proporcionada pelas telas fazem com que
a frase do filósofo, físico e matemático francês René Descartes (1596
- 1650) “Penso, logo existo”, seja alterada para vivencio, logo existo.

A pós-verdade ganha verbete nos dicionários Oxford, em 2016, depois da eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, e a votação do Brexit, na Inglaterra. Quando apelos emocionais são mais eficazes para mobilizar a opinião pública do que a verdade, riscos enormes ameaçam as sociedades democráticas.

Outra faceta da pós-verdade é o avanço do consumo, pois momentaneamente nos deixa calmos e saciados, mas essa sensação é frugal. Logo queremos consumir mais.

Faça uma doação e ajude-nos a manter este projeto.

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No Brasil, o número de dispositivos móveis conectados supera a população: 280 milhões (1,4 dispositivo portátil por pessoa).

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Como afirma Castells, o espaço de fluxos é a forma espacial predominante da sociedade em rede e, mesmo se mantendo o espaço físico, o tempo biológico do corpo, das estações do ano, tudo vai sendo moldado por redes fluidas que invadem a privacidade e impõe um novo formato de sociedade.

No atual século XXI as sociedades confrontam-se com mudanças comportamentais aceleradas e desencadeadas pela sociedade da informação e seus fluxos incessantes.

Essas mutações impõem a necessidade e a urgência de repensar o tempo presente e a comunicação a partir da mediação das telas dos dispositivos móveis.

O conceito de pós-verdade surge nesta sociedade atual que se move em torno das pessoas, das suas histórias, de seus costumes e das suas experiências de vida.

Novos meios e interatores, alta saturação das mídias tradicionais e consumidores cada vez mais imersos na presentificação proporcionada pelas telas fazem com que
a frase do filósofo, físico e matemático francês René Descartes (1596
– 1650) “Penso, logo existo”, seja alterada para vivencio, logo existo.

A pós-verdade ganha verbete nos dicionários Oxford, em 2016, depois da eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, e a votação do Brexit, na Inglaterra. Quando apelos emocionais são mais eficazes para mobilizar a opinião pública do que a verdade, riscos enormes ameaçam as sociedades democráticas.

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