Afrodite

Pierre Louys - Afrodite: Romance De Costumes Antigos
A história de Afrodite situa-se em Alexandria no reinado de Ptolomeu Auleta e Berenice – irmã mais velha de Cleópatra – no século I a.c., algumas décadas antes do Egito ser anexado por Roma.


A personagem principal é uma hierodula ou cortesã sagrada, uma jovem sacerdotisa de Afrodite, que exerce a sua profissão na cidadela pertencente ao templo da Deusa. Crísia, Crisis ou Criseida é, na realidade, uma jovem originária da Galileia, raptada aos doze anos, por mercadores que a vendem no bairro sagrado, onde passa a ser muito requisitada, pela longa cabeleira loira, pelo azul sombrio do olhar e pelas feições muito semelhantes às das jovens atenienses.
Crisis incarna aquilo que os homens, desde sempre, mais admiram e temem nas mulheres: o poder da sua beleza. Que, na jovem galileia de aspecto arcadiano, atinge um nível muito próximo da perfeição, a ponto de quase a confundirem com a própria Deusa.
Sem falar na particularidade de a jovem incarnar, também, o estereótipo negativo da personalidade feminina: inveja, cobiça, fome de poder, um ego desmesurado e uma marcada ausência de escrúpulos na utilização do seu poder para manipular a consciência masculina através do Desejo.
Crisis é o tipo de mulher que coloca a própria vontade e o poder da sua beleza acima do bem e do mal.
Porque Eros é cego. E conduzido pela Loucura, sua parceira inseparável.
Por Crisis e pela sua semelhança com a Deusa, o escultor Demétrios, esquece todos os princípios éticos e comete os maiores crimes, inclusive o assassínio e o sacrilégio.
Na perspectiva do Autor, à semelhança dos clássicos, o protagonista masculino não age de forma consciente, mas sob o veneno da flecha de Eros. Passado o efeito, recobra a razão e tenta reparar o erro.
Não obstante, o fato de ter tirado a vida a duas mulheres parece ser considerado como um mal menor, à luz da mentalidade da época. Na cultura helênica, a vida e o caráter femininos não eram grandemente valorizados, uma vez que a mulher era considerada pouco mais do que um animal em cujo útero era possível plantar e desenvolver-se uma nova vida.

 

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A história de Afrodite situa-se em Alexandria no reinado de Ptolomeu Auleta e Berenice – irmã mais velha de Cleópatra – no século I a.c., algumas décadas antes do Egito ser anexado por Roma.
A personagem principal é uma hierodula ou cortesã sagrada, uma jovem sacerdotisa de Afrodite, que exerce a sua profissão na cidadela pertencente ao templo da Deusa. Crísia, Crisis ou Criseida é, na realidade, uma jovem originária da Galileia, raptada aos doze anos, por mercadores que a vendem no bairro sagrado, onde passa a ser muito requisitada, pela longa cabeleira loira, pelo azul sombrio do olhar e pelas feições muito semelhantes às das jovens atenienses.
Crisis incarna aquilo que os homens, desde sempre, mais admiram e temem nas mulheres: o poder da sua beleza. Que, na jovem galileia de aspecto arcadiano, atinge um nível muito próximo da perfeição, a ponto de quase a confundirem com a própria Deusa.
Sem falar na particularidade de a jovem incarnar, também, o estereótipo negativo da personalidade feminina: inveja, cobiça, fome de poder, um ego desmesurado e uma marcada ausência de escrúpulos na utilização do seu poder para manipular a consciência masculina através do Desejo.
Crisis é o tipo de mulher que coloca a própria vontade e o poder da sua beleza acima do bem e do mal.
Porque Eros é cego. E conduzido pela Loucura, sua parceira inseparável.
Por Crisis e pela sua semelhança com a Deusa, o escultor Demétrios, esquece todos os princípios éticos e comete os maiores crimes, inclusive o assassínio e o sacrilégio.
Na perspectiva do Autor, à semelhança dos clássicos, o protagonista masculino não age de forma consciente, mas sob o veneno da flecha de Eros. Passado o efeito, recobra a razão e tenta reparar o erro.
Não obstante, o fato de ter tirado a vida a duas mulheres parece ser considerado como um mal menor, à luz da mentalidade da época. Na cultura helênica, a vida e o caráter femininos não eram grandemente valorizados, uma vez que a mulher era considerada pouco mais do que um animal em cujo útero era possível plantar e desenvolver-se uma nova vida.

 

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