Nietzsche Em 90 Minutos

No início da era cristã, a filosofia adormeceu. Seus cochilos acabaram por produzir o sonho filosófico conhecido como escolástica, que tinha por base Aristóteles e os ensinamentos da Igreja.


A filosofia foi rudemente despertada desses devaneios medievais no século XVII pela chegada de Descartes, com a sua declaração Cogito, ergo sum (Penso, logo existo). Uma era de esclarecimento havia começado: o conhecimento baseava-se na razão. Mas Descartes despertou mais do que os sonolentos eruditos. Também acordou os britânicos, que logo responderam à sua asserção racional, insistindo em que nosso conhecimento não se baseia na razão, mas na experiência. No seu entusiasmo, os empiristas britânicos logo destruíram todo traço de razão – reduzindo a filosofia a uma série de sensações cada vez menores. A filosofia corria o risco de adormecer mais uma vez. Foi então que, em meados do século XVIII, Kant despertou de seu sono dogmático e formulou um sistema filosófico ainda maior do que o que condenara a filosofia à inércia durante a Idade Média. Parecia que a filosofia estava prestes a de novo emular Rip van Winkle. Hegel reagiu a essa situação soporífera construindo para si mesmo um enorme leito sistemático de quatro colunas. Schopenhauer decidiu tentar outro método e jogou um jato da fria filosofia oriental no leito kantiano. Isso provocou o despertar do jovem Nietzsche, que se lançou na rajada fria e passou a proclamar uma ruidosa filosofia, que manteria a humanidade acordada por muito tempo.
Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi o criador do célebre super-homem, embora ele próprio tenha sido um dos homens mais doentes que já houve: veio a morrer louco, segundo dizem em consequência de uma sífilis.Antecipando o fim de todos os sistemas filosóficos, sua obra falava a língua do futuro através de ditos lapidares como: "Deus está morto"; "Viva perigosamente" e "Qual o melhor remédio? – Vitória". Ao contrário do que se diz, a ideia de uma nação de alemães de raça pura decerto teria estimulado seu senso de humor.Esse livro é um instantâneo da vida e obra dessa intrigante figura.

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A filosofia foi rudemente despertada desses devaneios medievais no século XVII pela chegada de Descartes, com a sua declaração Cogito, ergo sum (Penso, logo existo). Uma era de esclarecimento havia começado: o conhecimento baseava-se na razão. Mas Descartes despertou mais do que os sonolentos eruditos. Também acordou os britânicos, que logo responderam à sua asserção racional, insistindo em que nosso conhecimento não se baseia na razão, mas na experiência. No seu entusiasmo, os empiristas britânicos logo destruíram todo traço de razão – reduzindo a filosofia a uma série de sensações cada vez menores. A filosofia corria o risco de adormecer mais uma vez. Foi então que, em meados do século XVIII, Kant despertou de seu sono dogmático e formulou um sistema filosófico ainda maior do que o que condenara a filosofia à inércia durante a Idade Média. Parecia que a filosofia estava prestes a de novo emular Rip van Winkle. Hegel reagiu a essa situação soporífera construindo para si mesmo um enorme leito sistemático de quatro colunas. Schopenhauer decidiu tentar outro método e jogou um jato da fria filosofia oriental no leito kantiano. Isso provocou o despertar do jovem Nietzsche, que se lançou na rajada fria e passou a proclamar uma ruidosa filosofia, que manteria a humanidade acordada por muito tempo.
Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi o criador do célebre super-homem, embora ele próprio tenha sido um dos homens mais doentes que já houve: veio a morrer louco, segundo dizem em consequência de uma sífilis.Antecipando o fim de todos os sistemas filosóficos, sua obra falava a língua do futuro através de ditos lapidares como: “Deus está morto”; “Viva perigosamente” e “Qual o melhor remédio? – Vitória”. Ao contrário do que se diz, a ideia de uma nação de alemães de raça pura decerto teria estimulado seu senso de humor.Esse livro é um instantâneo da vida e obra dessa intrigante figura.

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