Os Vienenses: Esplendor, Decadência E Exílio

Paul Hofmann - Os Vienenses: Esplendor, Decadência E Exílio
A redescoberta da cultura vienense deu lugar, nos últimos anos, a uma já extensa bibliografia. São dezenas de livros que, deste ou daquele ângulo, descrevem a antiga papital dos Habsburgos, analisam-na, estabelecem a sua influência sobre a modernidade como a conhecemos e vivemos neste século.


Os Vienenses contrasta vivamente com outras obras do gênero. Não se limita a examinar o período de alguns decênios: Hofmann estuda a cultura vienense numa larga perspectiva histórica de cerca de vinte séculos. O texto inicia-se com a fundação da cidade pelas legiões romanas e termina quando Kurt Waldheim, suspeito de ter sido nazista, assume o poder na República da Áustria, causando forte mal-estar internacional.
Hofmann não vem do mundo acadêmico. De ascendência austríaca, é um conceituado intelectual americano e, nessa condição, viveu muitos anos em Viena; é profundo conhecedor não só da história da cidade, mas também do caráter, dos hábitos e peculiaridades dos seus habitantes.
Essa familiaridade pode ser percebida pelo tipo de observação que só ele é capaz de fazer sobre coisas aparentemente miúdas como Os gestos dos vienenses, sua ambiguidade, sua forma particular de distorcer os fatos.
Os Vienenses foi escrito com ênfase jornalística nos traumáticos acontecimentos do século XX: a derrota da Áustria na guerra de 1914-18, a crise econômica dos anos 20, a perda da independência na década seguinte, o Anchluss e os anos terríveis da Segunda Guerra Mundial, que terminou com a destruição da cidade, campo de longa batalha entre alemães e russos.
Sendo Viena, desde cedo, capital de um império composto de várias nacionalidades, dá-se, aqui, grande destaque ao papel das diversas minorias - tcheca, boêmia, polonesa, sérvia, húngara, judia - que contribuíram para a criação da inconfundível fisionomia dessa cultura, em suas dimensões sociais, políticas e artísticas.
Sem ser um historiador profissional, Hofmann esbanja erudição e apoia seu livro em um sólido trabalho de pesquisa bibliográfica; tem a elegância típica dos ensaístas e o agudo senso de humor que os caracteriza.
A clareza jornalística de seu relato atrai para Os Vienenses não apenas os que já sabem algo sobre Viena, mas também os que estão fazendo sua iniciação nesse tema tão interessante e tão cheio de encanto: a tumultuada mas quase sempre brilhante história da cidade de Haydn, Beethoven, Schoenberg, Freud e tantos outros gênios. Por sinal, vívidos personagens do autor.

 

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Os Vienenses: Esplendor, Decadência E Exílio

Paul Hofmann – Os Vienenses: Esplendor, Decadência E Exílio

A redescoberta da cultura vienense deu lugar, nos últimos anos, a uma já extensa bibliografia. São dezenas de livros que, deste ou daquele ângulo, descrevem a antiga papital dos Habsburgos, analisam-na, estabelecem a sua influência sobre a modernidade como a conhecemos e vivemos neste século.
Os Vienenses contrasta vivamente com outras obras do gênero. Não se limita a examinar o período de alguns decênios: Hofmann estuda a cultura vienense numa larga perspectiva histórica de cerca de vinte séculos. O texto inicia-se com a fundação da cidade pelas legiões romanas e termina quando Kurt Waldheim, suspeito de ter sido nazista, assume o poder na República da Áustria, causando forte mal-estar internacional.
Hofmann não vem do mundo acadêmico. De ascendência austríaca, é um conceituado intelectual americano e, nessa condição, viveu muitos anos em Viena; é profundo conhecedor não só da história da cidade, mas também do caráter, dos hábitos e peculiaridades dos seus habitantes.
Essa familiaridade pode ser percebida pelo tipo de observação que só ele é capaz de fazer sobre coisas aparentemente miúdas como Os gestos dos vienenses, sua ambiguidade, sua forma particular de distorcer os fatos.
Os Vienenses foi escrito com ênfase jornalística nos traumáticos acontecimentos do século XX: a derrota da Áustria na guerra de 1914-18, a crise econômica dos anos 20, a perda da independência na década seguinte, o Anchluss e os anos terríveis da Segunda Guerra Mundial, que terminou com a destruição da cidade, campo de longa batalha entre alemães e russos.
Sendo Viena, desde cedo, capital de um império composto de várias nacionalidades, dá-se, aqui, grande destaque ao papel das diversas minorias – tcheca, boêmia, polonesa, sérvia, húngara, judia – que contribuíram para a criação da inconfundível fisionomia dessa cultura, em suas dimensões sociais, políticas e artísticas.
Sem ser um historiador profissional, Hofmann esbanja erudição e apoia seu livro em um sólido trabalho de pesquisa bibliográfica; tem a elegância típica dos ensaístas e o agudo senso de humor que os caracteriza.
A clareza jornalística de seu relato atrai para Os Vienenses não apenas os que já sabem algo sobre Viena, mas também os que estão fazendo sua iniciação nesse tema tão interessante e tão cheio de encanto: a tumultuada mas quase sempre brilhante história da cidade de Haydn, Beethoven, Schoenberg, Freud e tantos outros gênios. Por sinal, vívidos personagens do autor.

 

https://livrandante.com.br/produto/camisa-bicicleta/

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog