Televisão e narrativas digitais: práticas culturais e de consumo na contemporaneidade
aborda temas que vão da recepção das mídias aos processos produtivos. Num tempo em que as tecnologias expandem as possibilidades, refletir sobre representações, narrativas e consumo conectado torna-se emergente. O que os autores e as autoras problematizam nos trabalhos levam a uma tentativa de análise não somente com relação a configuração atual do que os artefatos tecnológicos podem proporcionar aos usuários, mas para os usos que os sujeitos fazem desses nas práticas cotidianas.
Neste sentido, no primeiro capítulo, Elisa Riffel Pacheco explora o universo fashion e a glamourização dos corpos nas passarelas. “Entre corpos elegantes: o fascínio e o luxo de ser uma menina fantástica”.
No capítulo dois, “A formação do habitus estético televisual: prática de consumo na infância”, de Alexandre Silva dos Santos Filho, traz a perspectiva da infância e sua relação de recepção midiática, especificamente, a dos filmes de animação veiculados na televisão.
Fernanda Friedrich, em “As mulheres na sitcom brasileira: um levantamento sobre as protagonistas das séries de comédia da TV paga durante a última década”, analisa a representatividade da mulher nas telas.
“Narrar o outro no jornalismo e na ficção: apontamentos sobre a demarcação de alteridade no espaço televisivo”, de José Augusto Mendes Lobato, no capítulo quatro, aborda as estratégias de representação da alteridade nas narrativas televisivas brasileiras em dois objetos de estudos: a grande reportagem e a telenovela.
No capítulo cinco, Deborah Susane Sampaio Sousa e João Eudes Portela de Sousa, trazem o trabalho “Clientes em rede: uma análise dos efeitos barulhentos dos consumidores conectados”. A pesquisa explora a temática do conceito de marketing e analisa
as novas relações de consumo frente a atual configuração da sociedade.
Estudando também as tecnologias e os produtos midiáticos, os autores Érico Marçal Ferreira e Patricia Bieging, no capítulo seis, apresentam a pesquisa “Narrativa digital: navegando pelo ciberespaço de Matrix”.
“Redes sociais e a cultura visual na formação online para voluntários da Copa do Mundo 2014”, das autoras Wilsa Maria Ramos e Rute Nogueira de Morais Bicalho, exploram como as mídias sociais mobilizaram e deram voz à opinião pública em relação aos gastos
com a Copa do Mundo de 2014.
O capítulo oito, “Laços afetivos a partir da recepção de história em quadrinhos hipermídia por pessoas surdas”, de Raul Inácio Busarello e Patricia Bieging, analisou a experiência estética de pessoas surdas com os personagens e com os acontecimentos dispostos em uma história em quadrinhos hipermídia, criada como objeto de aprendizagem acessível.
O livro é fechado com a reflexão de Victor Aquino sobre os contemporâneos modos de comunicação. Em “As cinco pragas da cultura tecnológica”, o autor trata das relações do ser humano envolvido com as tecnologias.