A Cinza Do Purgatório
é uma coletânea de ensaios sobre literatura publicados originariamente no jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro. A primeira edição é de 1942; a obra encontra-se fora de catálogo no Brasil há muitas décadas.
Em 1999, Olavo de Carvalho reeditou o livro como parte integrante do primeiro volume dos Ensaios Reunidos; no entanto, já se passaram mais de 15 anos e o livro permanece com pouca circulação, desconhecido pelos leitores mais jovens. O presente projeto propõe-se, portanto, a dar continuidade ao valioso trabalho de disseminação e recuperação das obras de Carpeaux iniciado por Carvalho.
Em A Cinza Do Purgatório o leitor verá Otto Maria Carpeaux em seu máximo esplendor. Os ensaios sobre Jacob Burckhardt, Santa Teresa de Ávila, Giambattista Vico, Franz Kafka, Joseph Conrad, Dostoiévsky, entre outros, estão entre as mais sublimes produções intelectuais em solo brasileiro.
A Cinza Do Purgatório é composta por 28 ensaios, divididos em três partes: Profecias, Interpretações e Julgamentos.
Otto Maria Carpeaux foi um dos maiores intelectuais que o Brasil já abrigou, autor de centenas de ensaios, escreveu a obra-prima em oito volumes História da Literatura Ocidental.
Nascido no ano de 1900, em Viena, então capital do Império Austro-Húngaro, Carpeaux completou seu Doutorado em Ciências Naturais na Universidade de Viena. Durante a década de 1930, Carpeaux se tornou uma destacada figura intelectual na Áustria, escrevendo assiduamente para importantes jornais e revistas.
Em 1938, após seu país ser anexado pela Alemanha Nazista, Carpeaux fugiu da Áustria, estabelecendo-se de início na Bélgica e posteriormente no Brasil, onde chegou em agosto de 1939.
Carpeaux aprendeu nosso idioma num piscar de olhos e logo começou a escrever para alguns dos principais jornais brasileiros, atividade que manteve até sua morte em 1978.
Em 1944, Otto Maria Carpeaux naturalizou-se brasileiro.