
Cumprindo com uma de suas essenciais responsabilidades enquanto instituição pública de ensino, compromissada com a educação livre, o pensamento crítico e o conhecimento autônomo, a Universidade Federal de extensão intitulado O Golpe De 2016 E O Futuro Da Democracia No Brasil.
O evento foi organizado no âmbito do Núcleo de Estudos Sobre Museus, Ciência e Sociedade (NEMuCS) — por mim coordenado — vinculado, ao Instituto de Ciências Humanas (ICH), propondo estabelecer um fórum ampliado para debater, de forma ampla e irrestrita com a sociedade de maneira geral, o golpe de 2016 e suas consequências à democracia, consideradas em suas múltiplas e diversificadas possibilidades e implicações.
Ao longo de um semestre letivo integral — nomeadamente entre 23 de abril e 03 de agosto de 2018 — temas como estruturas político-partidárias, minorias, movimentos sociais, educação, cultura, ciência e tecnologia, justiça, dentre tantos outros, foram semanalmente abordados por profissionais de diversas áreas do conhecimento, e demais atores da sociedade civil.
Ao todo se somaram trinta e duas pessoas responsáveis pela condução de palestras, oficinas, entrevistas e demais atividades, sempre abarcando de forma inerente debates e discussões com o público presente, de característica heterogênea em razão da própria natureza extensionista da proposta.
Dada a formação variada e interdisciplinar dos participantes, cada um desenvolveu — a partir de sua área de atuação, pesquisa, ensino ou extensão — abordagens que permitissem ampliar as possibilidades de leitura e compreensão desse processo, que tem seu marco fundamental em 2016, mas que como foi dito acima, se espraia de forma dinâmica e multifacetada extrapolando limites temporais e o topos do impeachment em si.
O rol de temas a partir dos quais se dinamizou a reflexão acerca do golpe de 2016 é igualmente diverso, abarcando: pós-democracia; presidencialismo de coalizão; cultura visual e artística; hermenêutica jurídica; ações afirmativas; gênero; linguagem, ideologia e política; mídia e discurso; ação social urbana e participação popular; ciência, tecnologia e inovação; fascismo e seus ecos atuais; pré-sal e interesses imperialistas; ditadura militar, cultura e memória; direitos indígenas; filosofia da educação, práticas de controle e políticas de formação; e, cultura política.
