Metaliteratura E Suas Metáforas

Metaliteratura E Suas Metáforas traz vivências e reflexões que trafegam pelas análises críticas de manifestações literárias de diversidade considerável.

Apresentar um conjunto de artigos que tratam de um objeto inesgotável, como o é a literatura, nos impõe senões de uma tarefa igualmente inesgotável, algo como parece ter sido a de Sísifo. Sendo assim, abrir as portas e janelas internas e externas de textos que versem sobre a metaliteratura nos impinge a dimensões potencialmente inescrutáveis, considerando que os percursos possíveis se mostram ilimitados e o perigo do mergulho no caos se avizinha, pela vontade da digressão ou pelo autor-reconhecimento da pequenez. É, portanto, com essa ousadia e humildade que apresentamos Metaliteratura E Suas Metáforas, ao crivo de leitura de seus estudiosos, criadores, leitores.

Nos primeiros passos de nossa história acadêmica, perguntávamos, mais por ousadia que por humildade, se a empreitada que pretenda estudar Literatura não deveria ter ela mesma como fundamento sine qua non. Se a Literatura já produz obras que se confundem muitas vezes com crítica, ou a contêm de forma até sistematizada, não seria de se esperar que o contrário acontecesse? Isto é, o texto crítico também não deveria conter de maneira sistematizada a Literatura?

E, ainda, se outras epistemologias já se encontram suficientemente alentadas de terminologia, formas de tratamento e fundamentação próprias, a Literatura ainda não estaria, ao longo de sua história, alentada de uma teoria própria, mesmo que mesclada daquilo que já tenha incorporado?

Fornecendo viés a essa indagação, pode-se defender que a Literatura é uma instituição humana ao incorporar a humanidade; e incorpora com ela todos os seus atributos, permitindo o uso de quaisquer fundamentos que sirvam para tratar do humano. Tudo isso servirá para estudar Literatura e será genuíno. Isso é mesmo evidente, pois se a Antropologia, a Sociologia, a História, a Psicanálise, a Filosofia, para citar apenas as mais em voga, têm como objeto mais distinto o homem, ainda que cada qual por facetas específicas, é claro que os resultados de estudos de Literatura assim fundamentados não serão divergentes do objeto que todas têm em comum: o homem mesmo.

Assim, tem-se a reflexão de que a interação que se almeja fazer já está feita no germe do objeto de estudo, a própria Literatura. Na verdade, todas as facetas anteriormente mencionadas já estão incorporadas na obra literária, motivo pelo qual outras epistemes debruçam sobre as obras literárias, buscando alicerce para seus empreendimentos científicos, inclusive consolidando-os.

Dessa forma, se é verdade que um estudo sociológico de uma obra literária, por exemplo, é validado por conta de sua autenticidade e identificação de objeto e método, parece “mais que verdadeiro” um estudo literário da Literatura, ou seja, aquele cujos subsídios, tanto quanto os fundamentos de leitura sejam o próprio produto literário.

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Metaliteratura E Suas Metáforas traz vivências e reflexões que trafegam pelas análises críticas de manifestações literárias de diversidade considerável.

Apresentar um conjunto de artigos que tratam de um objeto inesgotável, como o é a literatura, nos impõe senões de uma tarefa igualmente inesgotável, algo como parece ter sido a de Sísifo. Sendo assim, abrir as portas e janelas internas e externas de textos que versem sobre a metaliteratura nos impinge a dimensões potencialmente inescrutáveis, considerando que os percursos possíveis se mostram ilimitados e o perigo do mergulho no caos se avizinha, pela vontade da digressão ou pelo autor-reconhecimento da pequenez. É, portanto, com essa ousadia e humildade que apresentamos Metaliteratura E Suas Metáforas, ao crivo de leitura de seus estudiosos, criadores, leitores.

Nos primeiros passos de nossa história acadêmica, perguntávamos, mais por ousadia que por humildade, se a empreitada que pretenda estudar Literatura não deveria ter ela mesma como fundamento sine qua non. Se a Literatura já produz obras que se confundem muitas vezes com crítica, ou a contêm de forma até sistematizada, não seria de se esperar que o contrário acontecesse? Isto é, o texto crítico também não deveria conter de maneira sistematizada a Literatura?

E, ainda, se outras epistemologias já se encontram suficientemente alentadas de terminologia, formas de tratamento e fundamentação próprias, a Literatura ainda não estaria, ao longo de sua história, alentada de uma teoria própria, mesmo que mesclada daquilo que já tenha incorporado?

Fornecendo viés a essa indagação, pode-se defender que a Literatura é uma instituição humana ao incorporar a humanidade; e incorpora com ela todos os seus atributos, permitindo o uso de quaisquer fundamentos que sirvam para tratar do humano. Tudo isso servirá para estudar Literatura e será genuíno. Isso é mesmo evidente, pois se a Antropologia, a Sociologia, a História, a Psicanálise, a Filosofia, para citar apenas as mais em voga, têm como objeto mais distinto o homem, ainda que cada qual por facetas específicas, é claro que os resultados de estudos de Literatura assim fundamentados não serão divergentes do objeto que todas têm em comum: o homem mesmo.

Assim, tem-se a reflexão de que a interação que se almeja fazer já está feita no germe do objeto de estudo, a própria Literatura. Na verdade, todas as facetas anteriormente mencionadas já estão incorporadas na obra literária, motivo pelo qual outras epistemes debruçam sobre as obras literárias, buscando alicerce para seus empreendimentos científicos, inclusive consolidando-os.

Dessa forma, se é verdade que um estudo sociológico de uma obra literária, por exemplo, é validado por conta de sua autenticidade e identificação de objeto e método, parece “mais que verdadeiro” um estudo literário da Literatura, ou seja, aquele cujos subsídios, tanto quanto os fundamentos de leitura sejam o próprio produto literário.

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