Foia Dos Rocêro

A imprensa de narrativa irreverente foi bastante praticada no século XIX e início do século XX, chegando a contar, na Bahia, com mais de 50 títulos de jornais humorísticos entre os anos de 1800 a 1900.

Esse estilo, que carrega peculiaridades do universo cômico, intencionava propósitos diversos, que iam desde a desforra dos poderosos, o riso fácil e a sátira política, até o protesto em formato jornalístico, caracterizando, assim, uma oposição debochada.
Desse conjunto de publicações, se propõe agora analisar o jornal Foia dos Rocêro, periódico humorístico de crítica política, publicado pela primeira vez em agosto de 1899, em Salvador, e que perdurou até o ano de 1968. O universo da pesquisa que aqui se apresenta abarca, exclusivamente, seu primeiro ano de vida, de 1899 a 1900.
A coluna Imbirrança, assinada por O Imbirreiro, traduz o espírito crítico do jornal frente à política vigente e justifica, assim, o título desse trabalho. A coluna de crítica citada será um dos itens considerados, porém não o único, já que o jornal foi analisado em seu completo teor.
Apesar das inúmeras publicações em território baiano, não há estudos sobre essa produção jornalística. Logo, ao voltar-se para esse tema, este livro pretende corrigir uma injustiça para com a história da imprensa baiana. Infelizmente, como constata Paula Ester Janovitch, essa “imprensa de narrativa gaiata pouco ou quase nada guardou de sua própria história”. Não se intenciona, no entanto, cobrir toda essa falha. A pesquisa de que esse livro é fruto e que se apresenta agora ao leitor assinala, sobretudo, a forma engraçada de noticiar, pontua o que há por trás dela e aponta ainda para outros estudos que possam esclarecer uma forma distinta de fazer jornalismo, notadamente o político.
Mais especificamente, teve-se por objetivo analisar o jornal Foia dos Rocêro, observando se os instrumentos humorísticos elencados foram utilizados pelo redator proprietário, Coroné Zé Perêra Capa Bode, como estratégias para disfarçar a denúncia dos modos de fazer política na Bahia. Cogita, portanto, se por detrás da linguagem havia um noticiário mais incisivo a respeito dos fatos políticos. Enfim, quer entender como a linguagem humorística servia de disfarce para abordar a política.

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Desse conjunto de publicações, se propõe agora analisar o jornal Foia dos Rocêro, periódico humorístico de crítica política, publicado pela primeira vez em agosto de 1899, em Salvador, e que perdurou até o ano de 1968. O universo da pesquisa que aqui se apresenta abarca, exclusivamente, seu primeiro ano de vida, de 1899 a 1900.
A coluna Imbirrança, assinada por O Imbirreiro, traduz o espírito crítico do jornal frente à política vigente e justifica, assim, o título desse trabalho. A coluna de crítica citada será um dos itens considerados, porém não o único, já que o jornal foi analisado em seu completo teor.
Apesar das inúmeras publicações em território baiano, não há estudos sobre essa produção jornalística. Logo, ao voltar-se para esse tema, este livro pretende corrigir uma injustiça para com a história da imprensa baiana. Infelizmente, como constata Paula Ester Janovitch, essa “imprensa de narrativa gaiata pouco ou quase nada guardou de sua própria história”. Não se intenciona, no entanto, cobrir toda essa falha. A pesquisa de que esse livro é fruto e que se apresenta agora ao leitor assinala, sobretudo, a forma engraçada de noticiar, pontua o que há por trás dela e aponta ainda para outros estudos que possam esclarecer uma forma distinta de fazer jornalismo, notadamente o político.
Mais especificamente, teve-se por objetivo analisar o jornal Foia dos Rocêro, observando se os instrumentos humorísticos elencados foram utilizados pelo redator proprietário, Coroné Zé Perêra Capa Bode, como estratégias para disfarçar a denúncia dos modos de fazer política na Bahia. Cogita, portanto, se por detrás da linguagem havia um noticiário mais incisivo a respeito dos fatos políticos. Enfim, quer entender como a linguagem humorística servia de disfarce para abordar a política.

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