Leitores, Espectadores E Internautas

Em Leitores, Espectadores E Internautas, García Canclini explora como se transformam essas atividades quando praticadas, as três, pela mesma pessoa.

Você está lendo um livro que começa evocando outro, de Italo Calvino, que se iniciava assim: “Você vai começar a ler o novo romance de Italo Calvino, Se numa noite de inverno um viajante. Relaxe.

Concentre-se. Tire da cabeça qualquer outra ideia. Deixe que o mundo que o rodeia se esfume no indistinto. Melhor fechar a porta; do lado de lá, a televisão está sempre ligada”.

Nesse livro, o protagonista, chamado de Leitor, quando chega à página 32 descobre que o autor se repete, embora, na verdade, é o livro que volta à página 17, e isso acontece de novo, o que significa que foi mal encadernado. Vai à livraria e lhe dizem que receberam uma circular da editora avisando que, por um erro, parte do volume foi misturada com o romance polonês Fora da aldeia de Malburk, de Tazio Bazakbal.

O Leitor percebe que é esse romance que esteve lendo, decide deixar o livro de Calvino e levar a história de Malburk, assim como faz uma moça que também está ali porque o mesmo aconteceu com ela. O Leitor e a Leitora trocam seus números de telefone e tem início uma cumplicidade que vai mudando conforme descobrem que cada capítulo é um romance diferente interrompido, cada um com estilo diferente embora fazendo parte de uma cômica conspiração universal: primeiro narrada como experiência corpórea, depois como interpretativa, depois como político-existencial, depois como cínicobrutal etc.

Há livros que discutem o significado de ler, ser espectador de um museu ou da televisão, navegar pela Internet. Em Leitores, Espectadores E Internautas, García Canclini explora como se transformam essas atividades quando praticadas, as três, pela mesma pessoa.

A partir do momento em que interatuam, sob a égide da convergência digital, museus, editoras e meios de comunicação não podem mais ser como eram antes. O autor examina as fusões entre empresas dedicadas à produção de livros, mensagens audiovisuais e eletrônicas e investiga, em particular, os novos hábitos culturais.

Breves artigos plenos de humor, ordenados como num dicionário, interagem à maneira de um hipertexto para redefinir, não apenas o que é ser leitor, espectador e internauta, como também o modo pelo qual agora somos cidadãos culturais, nos relacionamos com o patrimônio, os museus e as marcas e para onde vai a pirataria, o zapping e os usos do corpo.

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Concentre-se. Tire da cabeça qualquer outra ideia. Deixe que o mundo que o rodeia se esfume no indistinto. Melhor fechar a porta; do lado de lá, a televisão está sempre ligada”.

Nesse livro, o protagonista, chamado de Leitor, quando chega à página 32 descobre que o autor se repete, embora, na verdade, é o livro que volta à página 17, e isso acontece de novo, o que significa que foi mal encadernado. Vai à livraria e lhe dizem que receberam uma circular da editora avisando que, por um erro, parte do volume foi misturada com o romance polonês Fora da aldeia de Malburk, de Tazio Bazakbal.

O Leitor percebe que é esse romance que esteve lendo, decide deixar o livro de Calvino e levar a história de Malburk, assim como faz uma moça que também está ali porque o mesmo aconteceu com ela. O Leitor e a Leitora trocam seus números de telefone e tem início uma cumplicidade que vai mudando conforme descobrem que cada capítulo é um romance diferente interrompido, cada um com estilo diferente embora fazendo parte de uma cômica conspiração universal: primeiro narrada como experiência corpórea, depois como interpretativa, depois como político-existencial, depois como cínicobrutal etc.

Há livros que discutem o significado de ler, ser espectador de um museu ou da televisão, navegar pela Internet. Em Leitores, Espectadores E Internautas, García Canclini explora como se transformam essas atividades quando praticadas, as três, pela mesma pessoa.

A partir do momento em que interatuam, sob a égide da convergência digital, museus, editoras e meios de comunicação não podem mais ser como eram antes. O autor examina as fusões entre empresas dedicadas à produção de livros, mensagens audiovisuais e eletrônicas e investiga, em particular, os novos hábitos culturais.

Breves artigos plenos de humor, ordenados como num dicionário, interagem à maneira de um hipertexto para redefinir, não apenas o que é ser leitor, espectador e internauta, como também o modo pelo qual agora somos cidadãos culturais, nos relacionamos com o patrimônio, os museus e as marcas e para onde vai a pirataria, o zapping e os usos do corpo.

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