Dicionário Da Antiguidade Africana

Com a edição, no Brasil, em 1980, de História geral da África em dois volumes, organizados pelo historiador burquinense Joseph Ki-Zerbo e publicados pela Unesco, inaugurava-se um novo capítulo dos estudos africanos em nosso país.

Mais tarde, com A enxada e a lança, do diplomata e acadêmico Alberto da Costa e Silva, dava-se outro salto de qualidade. Entretanto, do nosso ponto de vista, sentíamo-nos ainda carentes de uma obra que popularizasse esse conhecimento, tornando-o acessível a um público diversificado. Então, num momento em que as publicações acadêmicas ainda abordam a África preferencialmente por meio de suas relações com a Europa, no contexto da escravidão, tomamos para nós, de acordo com nossas possibilidades, a tarefa de difundir parte desse conhecimento, apresentando-o segundo uma perspectiva africana, inclusive ressaltando a anterioridade das civilizações egípcia e cuxita em relação à greco-latina.
A forma que elegemos foi a de um dicionário. Porque o conjunto de informações que este livro traz a público tem finalidade essencialmente didática. Um dicionário, com informações organizadas em verbetes que remetam com a máxima exatidão possível a outros que os completem, é, a nosso ver, a forma didática por excelência para a transmissão de conceitos que rematem uma ideia-mãe, um conceito axial. Essa ideia é a construção de uma nova visão da História africana, baseada na revisão de axiomas como os que definem “civilização”, “tecnologia”, “conhecimento científico”, “escrita”, “literatura” etc., a partir do que se produziu, antes da chegada de europeus e asiáticos, em várias regiões do continente africano, notadamente no Vale do Nilo, nas proximidades do Lago Chade, e até mesmo na floresta densa, durante as milenares e sucessivas migrações dos ancestrais dos atuais povos bantos. Assim, a seleção dos verbetes, tornando visíveis lugares, povos, eventos e heróis cuja importância jamais foi evidenciada ou avaliada, objetivou mostrar o continente africano não só como o “berço da humanidade”, mas também como o lugar onde a civilização humana deu seus primeiros passos, certamente antes das contribuições advindas do contexto indo-europeu.

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Com a edição, no Brasil, em 1980, de História geral da África em dois volumes, organizados pelo historiador burquinense Joseph Ki-Zerbo e publicados pela Unesco, inaugurava-se um novo capítulo dos estudos africanos em nosso país. Mais tarde, com A enxada e a lança, do diplomata e acadêmico Alberto da Costa e Silva, dava-se outro salto de qualidade. Entretanto, do nosso ponto de vista, sentíamo-nos ainda carentes de uma obra que popularizasse esse conhecimento, tornando-o acessível a um público diversificado. Então, num momento em que as publicações acadêmicas ainda abordam a África preferencialmente por meio de suas relações com a Europa, no contexto da escravidão, tomamos para nós, de acordo com nossas possibilidades, a tarefa de difundir parte desse conhecimento, apresentando-o segundo uma perspectiva africana, inclusive ressaltando a anterioridade das civilizações egípcia e cuxita em relação à greco-latina.
A forma que elegemos foi a de um dicionário. Porque o conjunto de informações que este livro traz a público tem finalidade essencialmente didática. Um dicionário, com informações organizadas em verbetes que remetam com a máxima exatidão possível a outros que os completem, é, a nosso ver, a forma didática por excelência para a transmissão de conceitos que rematem uma ideia-mãe, um conceito axial. Essa ideia é a construção de uma nova visão da História africana, baseada na revisão de axiomas como os que definem “civilização”, “tecnologia”, “conhecimento científico”, “escrita”, “literatura” etc., a partir do que se produziu, antes da chegada de europeus e asiáticos, em várias regiões do continente africano, notadamente no Vale do Nilo, nas proximidades do Lago Chade, e até mesmo na floresta densa, durante as milenares e sucessivas migrações dos ancestrais dos atuais povos bantos. Assim, a seleção dos verbetes, tornando visíveis lugares, povos, eventos e heróis cuja importância jamais foi evidenciada ou avaliada, objetivou mostrar o continente africano não só como o “berço da humanidade”, mas também como o lugar onde a civilização humana deu seus primeiros passos, certamente antes das contribuições advindas do contexto indo-europeu.

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