Abolição Do Trabalho E Outros Mitos

Abolição Do Trabalho E Outros Mitos - Certo. Então todo mundo odeia trabalho. A aversão ao trabalho parece ser endêmica através de culturas e através do tempo. Em muitas culturas, visões de liberdade do trabalho abundam. A vida descuidada do gafanhoto que consome sem armazenar bens para o inverno continua a nos atrair, e a vida da monótona e pedestre formiga operária atrai nosso escárnio.


Tanto em tempos antigos quanto na cultura contemporânea, o potencial da máquina em aliviar nosso trabalho também provou ser fascinante. O poema épico do povo finlandês, o Kalevala, por exemplo, inclui uma estória sobre uma máquina maravilhosa, a Sampo, que interminavelmente produz riqueza. Ao longo da história das culturas ocidentais, tais máquinas de movimento perpétuo detinham uma fascinação contínua.
Apesar destas deliciosas fantasias de ócio, prazer infinito e riqueza, todas as culturas também trataram da necessidade de o indivíduo trabalhar. Viver é trabalhar e muito da vida é gasto na atividade econômica. Seja o trabalho visto como um meio de alcançar algum peso espiritual ou salvação individual ou como uma maldição por transgressões prévias, todas as grandes religiões do mundo, por exemplo, repreendem o folgado, e algumas elevam o trabalho ao nível de um primeiro princípio.
A maior parte do pensamento político também ou supõe o valor do trabalho, ou o requer, pelo bem coletivo. A sobrevivência básica é, claro, um pré-requisito quando pensamos a respeito da necessidade de trabalhar. Quase desde seu início, o pensamento anarquista também refletiu duas filosofias distintas do trabalho: uma escola convoca a abolição do trabalho, a outra supõe a necessidade do trabalho.
Para a última escola, a questão política central se torna quem controla o processo de trabalho e seus produtos ou seus resultados.
Anarquistas também se dividem quanto aos méritos relativos da tecnologia, defendendo uma de três alternativas: uma aceitação desavergonhada do avanço tecnológico ao serviço do trabalhador; uma convocação primitivista ao retorno à natureza totalmente livre de tecnologia; ou uma agressiva hostilidade ludita frente à tecnologia e ao domínio da máquina. Eu gostaria de explorar brevemente várias destas posições.

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– Certo. Então todo mundo odeia trabalho. A aversão ao trabalho parece ser endêmica através de culturas e através do tempo. Em muitas culturas, visões de liberdade do trabalho abundam. A vida descuidada do gafanhoto que consome sem armazenar bens para o inverno continua a nos atrair, e a vida da monótona e pedestre formiga operária atrai nosso escárnio.
Tanto em tempos antigos quanto na cultura contemporânea, o potencial da máquina em aliviar nosso trabalho também provou ser fascinante. O poema épico do povo finlandês, o Kalevala, por exemplo, inclui uma estória sobre uma máquina maravilhosa, a Sampo, que interminavelmente produz riqueza. Ao longo da história das culturas ocidentais, tais máquinas de movimento perpétuo detinham uma fascinação contínua.
Apesar destas deliciosas fantasias de ócio, prazer infinito e riqueza, todas as culturas também trataram da necessidade de o indivíduo trabalhar. Viver é trabalhar e muito da vida é gasto na atividade econômica. Seja o trabalho visto como um meio de alcançar algum peso espiritual ou salvação individual ou como uma maldição por transgressões prévias, todas as grandes religiões do mundo, por exemplo, repreendem o folgado, e algumas elevam o trabalho ao nível de um primeiro princípio.
A maior parte do pensamento político também ou supõe o valor do trabalho, ou o requer, pelo bem coletivo. A sobrevivência básica é, claro, um pré-requisito quando pensamos a respeito da necessidade de trabalhar. Quase desde seu início, o pensamento anarquista também refletiu duas filosofias distintas do trabalho: uma escola convoca a abolição do trabalho, a outra supõe a necessidade do trabalho.
Para a última escola, a questão política central se torna quem controla o processo de trabalho e seus produtos ou seus resultados.
Anarquistas também se dividem quanto aos méritos relativos da tecnologia, defendendo uma de três alternativas: uma aceitação desavergonhada do avanço tecnológico ao serviço do trabalhador; uma convocação primitivista ao retorno à natureza totalmente livre de tecnologia; ou uma agressiva hostilidade ludita frente à tecnologia e ao domínio da máquina. Eu gostaria de explorar brevemente várias destas posições.

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