Artes Performativas: Novos Discursos
– Em Outubro de 2009, o Centro de Estudos Arnaldo Araújo realizou a segunda edição dos Encontros do CEAA, dedicado ao tema Artes Performativas: Novos Discursos, cujo objetivo era sobretudo contribuir para a reflexão crítica sobre as artes performativas na atualidade combinando perspectivas que vão das artes plásticas, ao teatro, à dança e aos novos media.
Quase três anos passados, vem o CEAA publicar este livro com o mesmo título, porque o objetivo se mantém e se bem que o âmbito dos trabalhos agora incluídos seja mais circunscrito – estão dele ausentes os textos especificamente dedicados ao teatro – crê-se que não deixa de fornecer um sério contributo para a compreensão das artes performativas no momento atual.
Efetivamente, logo a abrir, Né Barros ajuda-nos a contextualizar a problemática que esteve na base desta obra, identificando como principal desafio que nas últimas décadas se colocou no campo das artes performativas o de escrever o corpo.
Retomando uma preocupação já patente no seu trabalho Da Materialidade na Dança em que se debruça sobre formas de escrita a partir da obra ou paralelas à obra, isto é sobre dramaturgias do corpo e cartografias do corpo, explorando o modo como sob o ponto de vista criativo estas podem ser testadas como reconfiguração do corpo dançante, Barros questiona-se agora sobre como resolver a relação entre corpo e escrita num texto que, segundo a própria, se poderia ter intitulado: Escrita e Corpo: A Performance da Ruptura.
Mas ao longo da reflexão teórica sobre a situação atual da dança, que este texto também é, Né Barros fala-nos do surgimento de “um novo do modo regime autoral fundado na lógica do coletivo”, de como a dança importou a noção de performance das artes plásticas e como dela se apropriou e ainda, da repercussão das novas tecnologias no universo artístico.
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