Mitos Gregos

Mitos Gregos - Nathaniel Hawthorne reconta seis histórias clássicas da mitologia grega, narrativas míticas e fabulosas que transcendem o tempo.

Mitos Gregos começou a ser gestado em 1846. Nathaniel Hawthorne comentou com um amigo do meio editorial, Evert Augustus Duyckinck – biógrafo e editor de, nada mais nada menos, Edgar Allan Poe –, seu desejo de ver algumas histórias resgatadas “do luar frio da mitologia clássica e modernizadas, ou talvez tornadas góticas, de modo a que possam tocar a sensibilidade das crianças de hoje”.

Disse ainda: “Adotando um tom em alguma medida gótico, ou romântico, ou qualquer outro tom que me agrade, em vez da frieza clássica, tão repelente quanto o toque do mármore … e, claro, purgarei dos textos a velha perversidade pagã, colocando algum valor moral quando for possível.”

Cinco anos depois, ao nascer sua terceira filha, Rose, Hawthorne retomou a ideia e selecionou as seis histórias que gostaria de retrabalhar, e que compõem o presente volume.

São elas:
A Cabeça Da Górgona, que narra a luta do herói Perseu contra Medusa, a monstruosa criatura com cabelos de serpente;
O Toque Dourado, que recupera a maldição do famoso rei Midas, castigado pela ganância;
O Paraíso Das Crianças, na qual é aberta a famosa caixa de Pandora, fonte de todos os problemas da humanidade;
As Três Maçãs Douradas, protagonizada por Hércules, aqui em busca das frutas de ouro do jardim das ninfas Hespérides;
A Ânfora Milagrosa, segundo a qual os deuses Zeus e Hermes, disfarçados, aproximaram-se de dois mortais; e
A Quimera, que reconta a doma de Pégaso, o cavalo alado, por Belerofonte, e sua luta contra o monstro de três cabeças e cauda de serpente.

Outro amigo editor, James Thomas Fields, entusiasmado, apressou-o a concluir o projeto. Todas as histórias foram escritas entre junho e julho de 1851, enquanto os Hawthorne moravam em Lenox.

O manuscrito final foi enviado à editora em 15 de julho. Na carta que o acompanhava, Hawthorne dizia: “Começarei a aproveitar o verão agora e a ler romances bobinhos, se conseguir algum, e a fumar charutos sem pensar em nada – o que equivale a pensar em todo o tipo de coisa.”

Mitos gregos vendeu 4.667 exemplares em apenas dois meses, tendo sido publicado em novembro daquele ano. Como comparação, Moby Dick, a obra-prima de seu amigo Herman Melville, lançado no mesmo mês, vendeu apenas 1.800 exemplares no período.

A amizade entre os dois escritores passou incólume por tais diferenças na desproporcional recepção de suas obras, e Melville é inclusive citado aqui, na conversa após a última história: “Deste lado de Pittsfield está Herman Melville, dando forma à gigantesca ideia de sua ‘Baleia Branca’, enquanto o relevo imenso de Greylock assoma-lhe da janela do escritório.”

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Mitos Gregos - Nathaniel Hawthorne reconta seis histórias clássicas da mitologia grega, narrativas míticas e fabulosas que transcendem o tempo.

Mitos Gregos começou a ser gestado em 1846. Nathaniel Hawthorne comentou com um amigo do meio editorial, Evert Augustus Duyckinck – biógrafo e editor de, nada mais nada menos, Edgar Allan Poe –, seu desejo de ver algumas histórias resgatadas “do luar frio da mitologia clássica e modernizadas, ou talvez tornadas góticas, de modo a que possam tocar a sensibilidade das crianças de hoje”.

Disse ainda: “Adotando um tom em alguma medida gótico, ou romântico, ou qualquer outro tom que me agrade, em vez da frieza clássica, tão repelente quanto o toque do mármore … e, claro, purgarei dos textos a velha perversidade pagã, colocando algum valor moral quando for possível.”

Cinco anos depois, ao nascer sua terceira filha, Rose, Hawthorne retomou a ideia e selecionou as seis histórias que gostaria de retrabalhar, e que compõem o presente volume.

São elas:
A Cabeça Da Górgona, que narra a luta do herói Perseu contra Medusa, a monstruosa criatura com cabelos de serpente;
O Toque Dourado, que recupera a maldição do famoso rei Midas, castigado pela ganância;
O Paraíso Das Crianças, na qual é aberta a famosa caixa de Pandora, fonte de todos os problemas da humanidade;
As Três Maçãs Douradas, protagonizada por Hércules, aqui em busca das frutas de ouro do jardim das ninfas Hespérides;
A Ânfora Milagrosa, segundo a qual os deuses Zeus e Hermes, disfarçados, aproximaram-se de dois mortais; e
A Quimera, que reconta a doma de Pégaso, o cavalo alado, por Belerofonte, e sua luta contra o monstro de três cabeças e cauda de serpente.

Outro amigo editor, James Thomas Fields, entusiasmado, apressou-o a concluir o projeto. Todas as histórias foram escritas entre junho e julho de 1851, enquanto os Hawthorne moravam em Lenox.

O manuscrito final foi enviado à editora em 15 de julho. Na carta que o acompanhava, Hawthorne dizia: “Começarei a aproveitar o verão agora e a ler romances bobinhos, se conseguir algum, e a fumar charutos sem pensar em nada – o que equivale a pensar em todo o tipo de coisa.”

Mitos gregos vendeu 4.667 exemplares em apenas dois meses, tendo sido publicado em novembro daquele ano. Como comparação, Moby Dick, a obra-prima de seu amigo Herman Melville, lançado no mesmo mês, vendeu apenas 1.800 exemplares no período.

A amizade entre os dois escritores passou incólume por tais diferenças na desproporcional recepção de suas obras, e Melville é inclusive citado aqui, na conversa após a última história: “Deste lado de Pittsfield está Herman Melville, dando forma à gigantesca ideia de sua ‘Baleia Branca’, enquanto o relevo imenso de Greylock assoma-lhe da janela do escritório.”

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