Memórias Da Emília

Memórias Da Emília - No livro, a boneca de pano mais famosa da literatura brasileira conta com a ajuda do sábio Visconde de Sabugosa para montar um livro de memórias. Misturando fatos reais e invenções, Emília filosofa sobre a vida e a morte, expressa suas visões de mundo e dá palpites sobre todos os assuntos do Sítio. Além disso, relembra suas aventuras com o anjinho da asa quebrada, com Popeye e o Capitão Gancho e a visita aos estúdios da Paramount Pictures, em Hollywood.


Ler Memórias Da Emília é fundamental para entendermos a boneca. É onde ela define sua personalidade – “sou a Independência ou Morte” – e também descreve seus aspectos anatômicos: [nasci] “e fiquei no mundo feito uma boba, de olhos parados, como qualquer boneca. E feia. Dizem que fui feia que nem uma bruxa.” E explica que depois “Tia Nastácia foi me consertando, e Narizinho também.” Os ilustradores também foram “consertando” Emília ao longo das décadas, conforme podemos ver na sua linha do tempo . O ápice é a capa de 1948, ilustrada por Augustus, onde Emília é uma menininha perfeita.
É em Memórias Da Emília que conhecemos a boneca em todo o seu esplendor de desaforos e oportunismo. Sua carência de elogios, seu dilema existencial, sua necessidade de sobrepor-se a todos e seu empenho em humilhar o Visconde (mesmo consciente dos valores do sábio sabugo), deixam entrever a fragilidade da pestinha.
No final, a boneca mostra uma ternura inesperada — abre seu coração que, definitivamente, não é de macela, mas igualzinho ao da gente. Afinal, Emília foi se “apessoando” aos pulos — saltou de um estado inanimado para a ânima falante sem passar pelos bancos de escola ou viver uma infância em sociedade. Às vezes ela segue um raciocínio “normal”, mas logo precipita um arremate desconcertado, como foi ao ler o texto em que o Visconde escancara suas imperfeições.
Emília, a princípio, parece conformada: “Cada um de nós dois, Visconde, é como Tia Nastácia nos fez.” Mas rapidamente transparece sua revolta contra a criadora: “Se somos assim ou assados, a culpa não é nossa – é da negra beiçuda.”

   

 

 

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– No livro, a boneca de pano mais famosa da literatura brasileira conta com a ajuda do sábio Visconde de Sabugosa para montar um livro de memórias. Misturando fatos reais e invenções, Emília filosofa sobre a vida e a morte, expressa suas visões de mundo e dá palpites sobre todos os assuntos do Sítio. Além disso, relembra suas aventuras com o anjinho da asa quebrada, com Popeye e o Capitão Gancho e a visita aos estúdios da Paramount Pictures, em Hollywood.
Ler Memórias Da Emília é fundamental para entendermos a boneca. É onde ela define sua personalidade – “sou a Independência ou Morte” – e também descreve seus aspectos anatômicos: [nasci] “e fiquei no mundo feito uma boba, de olhos parados, como qualquer boneca. E feia. Dizem que fui feia que nem uma bruxa.” E explica que depois “Tia Nastácia foi me consertando, e Narizinho também.” Os ilustradores também foram “consertando” Emília ao longo das décadas, conforme podemos ver na sua linha do tempo . O ápice é a capa de 1948, ilustrada por Augustus, onde Emília é uma menininha perfeita.
É em Memórias Da Emília que conhecemos a boneca em todo o seu esplendor de desaforos e oportunismo. Sua carência de elogios, seu dilema existencial, sua necessidade de sobrepor-se a todos e seu empenho em humilhar o Visconde (mesmo consciente dos valores do sábio sabugo), deixam entrever a fragilidade da pestinha.
No final, a boneca mostra uma ternura inesperada — abre seu coração que, definitivamente, não é de macela, mas igualzinho ao da gente. Afinal, Emília foi se “apessoando” aos pulos — saltou de um estado inanimado para a ânima falante sem passar pelos bancos de escola ou viver uma infância em sociedade. Às vezes ela segue um raciocínio “normal”, mas logo precipita um arremate desconcertado, como foi ao ler o texto em que o Visconde escancara suas imperfeições.
Emília, a princípio, parece conformada: “Cada um de nós dois, Visconde, é como Tia Nastácia nos fez.” Mas rapidamente transparece sua revolta contra a criadora: “Se somos assim ou assados, a culpa não é nossa – é da negra beiçuda.”

   

 

 

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