
Este livro reúne em dez capítulos alguns estudos da temática sobre Saúde, Ambiente e Trabalho em sua versão com a pesquisa qualitativa. Este campo, na perspectiva das teorias compreensivas, caminha em direção à análise de narrativas dos sujeitos implicados no processo de trabalho.
Em todos os lugares desses cotidianos etnográficos analisados aparecem, do empírico ao ético, saberes sobre a saúde e a experiência de viver e adoecer no trabalho.
A práxis social está implícita e conjugada à lógica causal das ciências biológicas aqui humanizadas pelos sentidos dos sujeitos, protagonistas dessas estruturas de leituras reconhecidamente interdisciplinar. Destaca-se, sobretudo, um diálogo com a análise ergonômica do trabalho.
Algumas reflexões de cunho sócioantropológico surgem nas cenas do trabalho ocupacional e ambiental e definem uma abrangência dessa temática compartilhando a compreensão humana e os significados da saúde para os sujeitos.
Uma condição humana intrinsecamente marcada pela intersubjetividade. Nesse aspecto, os problemas de saúde do corpo e do ambiente aparecem como categorias que recortam a invisibilidade do adoecimento, impactos para vida social, identidade de trabalhador, gestão da força de trabalho, do clássico ao contemporâneo em que a estética e o assédio moral se assemelham.
Espera-se que esses estudos possam refletir a história do padecimento no trabalho, seus contextos, e a polissemia que envolve o mundo do trabalho no capitalismo brasileiro e a saúde.
