Cultivar A Vida Em Movimento

Cultivar A Vida Em Movimento reúne textos que mostram a economia feminista em permanente construção, como prática, proposta sistêmica.

Os textos de Cultivar A Vida Em Movimento foram escritos a partir de processos protagonizados por mulheres na América Latina. Essa é uma região marcada pela violência da ocupação colonial, atualizada pelas empresas transnacionais e seus projetos extrativistas de apropriação física e cultural.

Ao longo da nossa história, a guerra contra os povos e contra as mulheres se expressa nos diferentes países e nos territórios de cada país. O intuito dessas guerras é criar e manter uma divisão espacial e internacional do trabalho, fundada no saqueio do corpo-território-memória.

A violenta destruição de modos de vida e laços comunitários se traduz, por exemplo, na homogeneização alimentar, na perda da variabilidade genética e na ameaça de desaparição de conhecimentos de práticas agrícolas e de preparo de alimentos.

As experiências de cuidado coletivo nos processos e espaços políticos dão visibilidade e politizam esse trabalho, que tem a ver com o cuidado direto, mas também com toda a construção de redes de interdependência. A politização do cuidado (das pessoas e da natureza), da comida (produção, distribuição e preparo) e dos processos e trabalhos que os tornam possíveis é uma prática que conecta os diferentes relatos que trazem a sustentabilidade da vida para o centro do feminismo.

Nesse percursos feministas, a reorganização da economia em relações de proximidade considera as pessoas em sua integralidade. Quando as mulheres refletem sobre como fortalecemos nossos sistemas vitais, se referem tanto à alimentação de boa qualidade e às plantas medicinais como a cuidados emocionais, acolhimento, escuta. Conscientes de que tais práticas envolvem o enfrentamento à sociedade capitalista, racista e patriarcal, ao colonialismo articulado internacionalmente na disputa pelos territórios e seus significados, “quando se veem os frutos se recobra a alegria”, como compartilham as companheiras da Venezuela.

Cultivar A Vida Em Movimento reúne textos que mostram a economia feminista em permanente construção, não como um tema, muito menos uma especialidade, mas como prática, proposta sistêmica (antissistêmica), aposta política, síntese programática. Pela auto-organização e construção de lutas feministas, antirracistas, populares e internacionalistas nas diferentes escalas, em aliança e conexão, se tecem o sentido e a força política da economia feminista em movimento.

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A violenta destruição de modos de vida e laços comunitários se traduz, por exemplo, na homogeneização alimentar, na perda da variabilidade genética e na ameaça de desaparição de conhecimentos de práticas agrícolas e de preparo de alimentos.

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Nesse percursos feministas, a reorganização da economia em relações de proximidade considera as pessoas em sua integralidade. Quando as mulheres refletem sobre como fortalecemos nossos sistemas vitais, se referem tanto à alimentação de boa qualidade e às plantas medicinais como a cuidados emocionais, acolhimento, escuta. Conscientes de que tais práticas envolvem o enfrentamento à sociedade capitalista, racista e patriarcal, ao colonialismo articulado internacionalmente na disputa pelos territórios e seus significados, “quando se veem os frutos se recobra a alegria”, como compartilham as companheiras da Venezuela.

Cultivar A Vida Em Movimento reúne textos que mostram a economia feminista em permanente construção, não como um tema, muito menos uma especialidade, mas como prática, proposta sistêmica (antissistêmica), aposta política, síntese programática. Pela auto-organização e construção de lutas feministas, antirracistas, populares e internacionalistas nas diferentes escalas, em aliança e conexão, se tecem o sentido e a força política da economia feminista em movimento.

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