Cultura: Metodologias E Investigação

Maria Manuel Baptista (Org) - Cultura: Metodologias E Investigação

A investigação e o ensino da Cultura tornaram-se, na última década, realidades cada vez mais presentes nos contextos universitários, o que se fica a dever, em primeiro lugar, à valorização social crescente que tem sido concedida a esta área

, quer nos mais latos e clássicos domínios da formação humanística e artística, quer enquanto fator de conhecimento e compreensão das novas dinâmicas sociais e culturais da contemporaneidade.

Acresce ainda a esta valorização acadêmica e social, a tomada de consciência generalizada do potencial econômico que detém, tendo mesmo nascido recentemente uma área científica auto-designada por Economia da Cultura.

Partindo deste reconhecimento, Cultura: Metodologias E Investigação procura fazer o levantamento dos principais desafios teóricos, práticos, metodológicos e acadêmicos desta área do saber, assumindo como ponto de partida para a reflexão a tradição anglo-saxônica dos Estudos Culturais, questionando as suas limitações e dificuldades epistêmicas, mas também assumindo as virtualidades que lhe são próprias e que se encontram ainda longe de estarem exauridas.

Em primeiro lugar, gostaríamos de deixar claro ao leitor desprevenido o quanto esta área dos Estudos Culturais é menos uma disciplina, academicamente ‘policiada’, com os seus ‘especialistas’ e paradigmas consensualmente estabelecidos (a este propósito valerá a pena reler o já clássico livro de Thomas Kuhn, A Estrutura Das Revoluções Científicas), com metodologias previamente determinadas e configurações interdisciplinares rígidas ou sequer estabilizadas, mas, mais do que isso, trata-se de uma área ‘pós-disciplinar’, quer dizer, um lugar de encontros e partilha de saberes, métodos e experiências de investigadores de diversas áreas, que têm em comum um interesse particular pelas questões culturais.

Do nosso ponto de vista, é pelo fato de os Estudos Culturais constituírem um lugar de prática intensa de interdisciplinaridade, estimulando a constituição de equipas muito heterogêneas que se formam a propósito de projetos específicos de investigação, cuja ação se encontra sobredeterminada por uma questão ou problemática científica concreta, frequentemente esgotando-se no terminus desse processo investigativo, que, em nosso entender, esta área se apresenta fluida e instável, mas simultaneamente tão desafiante e intelectualmente estimulante.

 

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A investigação e o ensino da Cultura tornaram-se, na última década, realidades cada vez mais presentes nos contextos universitários, o que se fica a dever, em primeiro lugar, à valorização social crescente que tem sido concedida a esta área, quer nos mais latos e clássicos domínios da formação humanística e artística, quer enquanto fator de conhecimento e compreensão das novas dinâmicas sociais e culturais da contemporaneidade.

Acresce ainda a esta valorização acadêmica e social, a tomada de consciência generalizada do potencial econômico que detém, tendo mesmo nascido recentemente uma área científica auto-designada por Economia da Cultura.

Partindo deste reconhecimento, Cultura: Metodologias E Investigação procura fazer o levantamento dos principais desafios teóricos, práticos, metodológicos e acadêmicos desta área do saber, assumindo como ponto de partida para a reflexão a tradição anglo-saxônica dos Estudos Culturais, questionando as suas limitações e dificuldades epistêmicas, mas também assumindo as virtualidades que lhe são próprias e que se encontram ainda longe de estarem exauridas.

Em primeiro lugar, gostaríamos de deixar claro ao leitor desprevenido o quanto esta área dos Estudos Culturais é menos uma disciplina, academicamente ‘policiada’, com os seus ‘especialistas’ e paradigmas consensualmente estabelecidos (a este propósito valerá a pena reler o já clássico livro de Thomas Kuhn, A Estrutura Das Revoluções Científicas), com metodologias previamente determinadas e configurações interdisciplinares rígidas ou sequer estabilizadas, mas, mais do que isso, trata-se de uma área ‘pós-disciplinar’, quer dizer, um lugar de encontros e partilha de saberes, métodos e experiências de investigadores de diversas áreas, que têm em comum um interesse particular pelas questões culturais.

Do nosso ponto de vista, é pelo fato de os Estudos Culturais constituírem um lugar de prática intensa de interdisciplinaridade, estimulando a constituição de equipas muito heterogêneas que se formam a propósito de projetos específicos de investigação, cuja ação se encontra sobredeterminada por uma questão ou problemática científica concreta, frequentemente esgotando-se no terminus desse processo investigativo, que, em nosso entender, esta área se apresenta fluida e instável, mas simultaneamente tão desafiante e intelectualmente estimulante.

 

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