Guerra Ao Terror: Da Biopolítica À Bioguerra

O presente livro, que é uma versão adaptada, revista e corrigida, da dissertação defendida perante o Programa de Pós-Graduação em Direito, nível de Mestrado, na área de concentração Direito das Relações Internacional

, junto à Universidade Federal de Santa Catarina, busca compreender, à luz da biopolítica, o fenômeno da guerra ao terror. Sob este aspecto, já passados sete anos desde a defesa pública deste trabalho, a realidade nele (d)enunciada não se modificou. Antes, resta confirmada, na forma de uma permanência negativa, aquilo que nele se buscou evidenciar.
Mudaram os governantes que deram causa à guerra ao terror, mas seus Estados continuam atolados até hoje na carnificina em que eles mesmos se meteram, sendo este quadro completamente incompatível com as pretensões emancipatórias que o Ocidente um dia ergueu para si.
Com efeito, o fim último sobre o qual a sociedade ocidental se constituiu foi o de alcançar, por intermédio de sua organização político-social, o viver bem. Todos os institutos por ela engendrados – política, constituição, direitos humanos, democracia, direito de guerra e
humanitário, ciência etc – deveriam, portanto, concretizar este fim, na medida em que, para o homem, o só viver não basta: ele almeja a felicidade enquanto ser dotado de racionalidade (rectius: linguagem).
Contudo, uma das promessas mais propaladas pela modernidade foi a de propiciar a todo homem segurança e desenvolvimento. Com isto, a política – entendida na sociedade antiga como ação entre homens, e que se constituía na meta última de todo homem livre – se torna secundária em face às necessidades da vida, passando a se caracterizar como um poder que se exerce sobre os homens.
Não resta dúvida que as promessas da modernidade em torno do viver bem não se cumpriram, e aqueles institutos centrais da organização social – constituição, direitos humanos, democracia etc – alcançaram uma zona de irrealizabilidade permanente. No entanto, e apesar disto, o discurso contemporâneo, regra geral, se funda nesta semântica, e por isso tende mais à exculpação do que à indicação de possíveis alternativas.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Guerra Ao Terror: Da Biopolítica À Bioguerra

O presente livro, que é uma versão adaptada, revista e corrigida, da dissertação defendida perante o Programa de Pós-Graduação em Direito, nível de Mestrado, na área de concentração Direito das Relações Internacional, junto à Universidade Federal de Santa Catarina, busca compreender, à luz da biopolítica, o fenômeno da guerra ao terror. Sob este aspecto, já passados sete anos desde a defesa pública deste trabalho, a realidade nele (d)enunciada não se modificou. Antes, resta confirmada, na forma de uma permanência negativa, aquilo que nele se buscou evidenciar.
Mudaram os governantes que deram causa à guerra ao terror, mas seus Estados continuam atolados até hoje na carnificina em que eles mesmos se meteram, sendo este quadro completamente incompatível com as pretensões emancipatórias que o Ocidente um dia ergueu para si.
Com efeito, o fim último sobre o qual a sociedade ocidental se constituiu foi o de alcançar, por intermédio de sua organização político-social, o viver bem. Todos os institutos por ela engendrados – política, constituição, direitos humanos, democracia, direito de guerra e
humanitário, ciência etc – deveriam, portanto, concretizar este fim, na medida em que, para o homem, o só viver não basta: ele almeja a felicidade enquanto ser dotado de racionalidade (rectius: linguagem).
Contudo, uma das promessas mais propaladas pela modernidade foi a de propiciar a todo homem segurança e desenvolvimento. Com isto, a política – entendida na sociedade antiga como ação entre homens, e que se constituía na meta última de todo homem livre – se torna secundária em face às necessidades da vida, passando a se caracterizar como um poder que se exerce sobre os homens.
Não resta dúvida que as promessas da modernidade em torno do viver bem não se cumpriram, e aqueles institutos centrais da organização social – constituição, direitos humanos, democracia etc – alcançaram uma zona de irrealizabilidade permanente. No entanto, e apesar disto, o discurso contemporâneo, regra geral, se funda nesta semântica, e por isso tende mais à exculpação do que à indicação de possíveis alternativas.

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog