
Este livro pode causar ao leitor uma impressão de que o título que lhe foi escolhido, A Invenção Do Brasil: O País Efabulado No Modernismo Nacional, seja exageradamente pretencioso… e estará certo!
Não haveria como analisar no pequeno corpus eleito, de maneira profícua, todas as contraposições entre o moderno e o tradicional, entre o nacional e o estrangeiro, ou quaisquer outras dicotomias imanentes e/ou ulteriores à acepção de Modernismo, de forma a definir o quê, afinal, é o país que as letras do final do Século XIX e início do XX quiseram apresentar.
Longe disso.
O que o leitor encontrará nos cinco artigos que o compõem é a discussão, mediante interseções entre texto literário e lides de matizes artísticos, científicos, socioculturais, econômicos e políticos, acerca de obras que em comum apresentam um Brasil efabulado: representações do país filtradas em símbolos e imaginários de manifestações da ideia de modernismos, no plural.
Cinco artigos, apenas, que não se propõem a fixar com precisão que Brasil foi esse inventado, mas, como malandro que bate e corre, levantar cinco temas para outros debates ou outras querelas.
