![Os artigos contidos neste livro apontam os alcances e consequências desse sistema mundo, moderno-colonial de “gênero e raça”.](https://i0.wp.com/livrandante.com.br/wp-content/uploads/2019/09/desigualdades-de-g%C3%AAnero-e-ra%C3%A7a-na-am%C3%A9rica-latina-no-s%C3%A9culo-XXI.png?w=800&ssl=1)
Este livro busca dar visibilidade as pesquisas, interlocuções, avanços e desafios que vem sendo construídos e discutidos em uma rede de pesquisadoras(es) que estão inseridas(os) na docência, na pesquisa, na atividade de extensão e/ou enquanto operadoras(es) na Rede Pública de Atenção Primária a Saúde Integral, educação, em espaços que buscam garantir o acesso à justiça.
Se por um lado constitui-se em um diálogo multidisciplinar na academia, por outro, conta também com a interlocução e produção daquelas(es) inseridas(os) no cotidiano das práxis, e das Políticas Públicas.
Portanto a construção deste livro se dá entre múltiplas áreas e vivências em países da América Latina, que trabalham com a crise da própria noção de identidade, entendendo que a crise não é de identidade e sim dos conceitos e categorias criados com a modernidade, no sistema mundo moderno-colonial.
O livro fala sobre sujeitos, trânsitos, identidades e subjetividades no regime capitalista e suas possibilidades de associações cartográficas e atribuições de sentidos como modos de (re)existir. Nesse sentido o leitor encontrará textos contundentes para refletir sobre o entendimento de colonização e inquisição das culturas.
Qual a experiência-mundo para os diferentes corpos que transitam nestes espaços e territórios? Qual o impacto do capital hegemônico nessa configuração?
Assim os artigos que compõem o livro dão visibilidade, sobretudo, a dois eixos desse padrão de poder, que é conforme Quijano a classificação social da população mundial de acordo com a ideia de raça, uma construção mental que expressa a experiência básica da dominação colonial e que desde então permeia as dimensões mais importantes do poder mundial, incluindo sua racionalidade especifica, o eurocentrismo.
Esse eixo tem, portanto, origem e caráter colonial, mas provou ser mais duradouro e estável que o colonialismo em cuja matriz foi estabelecido. Implica consequentemente, num elemento de colonialidade no padrão de poder hoje hegemônico.
Reconhecemos nesse marco introduzido por Aníbal Quijano, o conceito de colonialidade do poder, que é central para compreensão da colonialidade do saber, do ser.
E, sobretudo em Maria Lugones que entrelaçou essa compreensão que possibilitou chegar ao que a autora chamou de “el sistema moderno-colonial de género”.
Os artigos apontam os alcances e consequências desse sistema mundo, moderno-colonial de “gênero e raça”.
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