Sambaqui: Arqueologia Do Litoral Brasileiro

Sambaqui: Arqueologia Do Litoral Brasileiro - Há 6.500 anos pescadores pré-históricos dominaram o litoral brasileiro, construíram sítios monumentais — os sambaquis —, controlaram a arte de trabalhar a pedra e produziram belíssimas esculturas. Esse livro faz um histórico das pesquisas em sambaquis, incorporando as recentes descobertas da autora em suas escavações arqueológicas em Santa Catarina e no Rio de Janeiro.
A pesquisa arqueológica brasileira tem se dedicado ao estudo da ocupação da costa por pescadores e coletores que se instalaram na faixa litorânea por volta de 6.500 anos AP. O principal vestígio desse grupo é um tipo de sítio denominado sambaqui, tema de interesse científico desde a segunda metade do século passado.


Sambaqui é uma palavra de etimologia Tupi, língua falada pelos horticultores e ceramistas que ocupavam parte significativa da costa brasileira quando os europeus iniciaram a colonização. Tamba significa conchas e ki amontoado, que são as características mais marcantes desse tipo de sítio. Trata-se de denominação amplamente utilizada pelos pesquisadores e que denota a capacidade de observação e síntese dos falantes Tupi.
Os sítios são caracterizados basicamente por serem uma elevação de forma arredondada que, em algumas regiões do Brasil, chega a ter mais de 30m de altura. São construídos basicamente com restos faunísticos como conchas, ossos de peixe e mamíferos. Ocorrem também frutos e sementes, sendo que determinadas áreas dos sítios foram espaços dedicados ao ritual funerário e lá foram sepultados homens, mulheres e crianças de diferentes idades.
Contam igualmente com inúmeros artefatos de pedra e de osso, marcas de estacas e manchas de fogueira, que compõem uma intrincada estratigrafia. Os restos que mais sobressaem na composição dos sambaquis são as conchas de berbigão ou vôngole, cujo nome científico é Anomalocardia brasiliana, diferentes espécies de ostras, a almejoa ou Lucina pectinata e os mariscos.
Sambaqui é o objeto deste livro, que pretende apresentar o modo de vida dos pescadores, coletores e caçadores que ocuparam o litoral brasileiro. Para melhor entendimento do tema serão apresentadas as diferentes maneiras como este tipo de sítio foi historicamente percebido pela pesquisa científica. Inicialmente ele foi considerado um fenômeno natural tal como os concheiros, depois foi entendido como um local de descarte de restos de cozinha de bandos de coletores e, atualmente, é considerado o resultado de ordenado trabalho social que tinha por objetivo, entre outras coisas, construir um imponente marco paisagístico.

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Sambaqui: Arqueologia Do Litoral Brasileiro – Há 6.500 anos pescadores pré-históricos dominaram o litoral brasileiro, construíram sítios monumentais — os sambaquis —, controlaram a arte de trabalhar a pedra e produziram belíssimas esculturas. Esse livro faz um histórico das pesquisas em sambaquis, incorporando as recentes descobertas da autora em suas escavações arqueológicas em Santa Catarina e no Rio de Janeiro.
A pesquisa arqueológica brasileira tem se dedicado ao estudo da ocupação da costa por pescadores e coletores que se instalaram na faixa litorânea por volta de 6.500 anos AP. O principal vestígio desse grupo é um tipo de sítio denominado sambaqui, tema de interesse científico desde a segunda metade do século passado.
Sambaqui é uma palavra de etimologia Tupi, língua falada pelos horticultores e ceramistas que ocupavam parte significativa da costa brasileira quando os europeus iniciaram a colonização. Tamba significa conchas e ki amontoado, que são as características mais marcantes desse tipo de sítio. Trata-se de denominação amplamente utilizada pelos pesquisadores e que denota a capacidade de observação e síntese dos falantes Tupi.
Os sítios são caracterizados basicamente por serem uma elevação de forma arredondada que, em algumas regiões do Brasil, chega a ter mais de 30m de altura. São construídos basicamente com restos faunísticos como conchas, ossos de peixe e mamíferos. Ocorrem também frutos e sementes, sendo que determinadas áreas dos sítios foram espaços dedicados ao ritual funerário e lá foram sepultados homens, mulheres e crianças de diferentes idades.
Contam igualmente com inúmeros artefatos de pedra e de osso, marcas de estacas e manchas de fogueira, que compõem uma intrincada estratigrafia. Os restos que mais sobressaem na composição dos sambaquis são as conchas de berbigão ou vôngole, cujo nome científico é Anomalocardia brasiliana, diferentes espécies de ostras, a almejoa ou Lucina pectinata e os mariscos.
Sambaqui é o objeto deste livro, que pretende apresentar o modo de vida dos pescadores, coletores e caçadores que ocuparam o litoral brasileiro. Para melhor entendimento do tema serão apresentadas as diferentes maneiras como este tipo de sítio foi historicamente percebido pela pesquisa científica. Inicialmente ele foi considerado um fenômeno natural tal como os concheiros, depois foi entendido como um local de descarte de restos de cozinha de bandos de coletores e, atualmente, é considerado o resultado de ordenado trabalho social que tinha por objetivo, entre outras coisas, construir um imponente marco paisagístico.

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