De Martí A Fidel

De Martí a Fidel enfoca um dos temas mais apaixonantes da política externa norte-americana — a relação dos Estados Unidos com a Cuba de Fidel Castro

De Martí a Fidel, de Luiz Alberto Moniz Bandeira, enfoca um dos temas mais apaixonantes da política externa norte-americana — a relação dos Estados Unidos com a Cuba de Fidel Castro — e o analisa dentro de um contexto mais amplo: a relação dos Estados Unidos com a América Latina nos 150 anos que vão desde a presidência de Thomas Jefferson, o primeiro que sonhou em apoderar-se de Cuba, até o triunfo da revolução cubana; 150 anos em que a América Latina sofreu na própria carne a prepotência e a agressividade dos Estados Unidos.

Simón Bolívar já havia advertido sobre o perigo que os Estados Unidos representavam para a “Nossa América”, e José Martí reiterou-o com clareza meridiana. Em maio de 1895, poucas horas antes de morrer combatendo contra as tropas espanholas, escreveu que seu propósito último era “impedir a tempo, com a independência de Cuba, que os Estados Unidos se estendam pelas Antilhas e caiam, com mais essa força, sobre as nossas terras da América. O quanto fiz até hoje, e farei, é para isso… Vivi no monstro [Estados Unidos] e conheço suas entranhas, e a minha funda é a de Davi.”

Em 1898, quando a rebelião cubana entrou no seu quarto ano, os Estados Unidos intervieram na guerra, aparentemente para liberar Cuba. Depois da derrota da Espanha, Washington impôs aos cubanos a Emenda Platt, segundo a qual se concedia o direito de intervir militarmente e estabelecer bases navais no território cubano (até hoje, a Emenda Platt sobrevive na base norte-americana de Guantánamo).

Mais do que qualquer outro país latinoamericano, Cuba converteu-se, nas palavras de um analista norte-americano, em “um feudo dos Estados Unidos”. O sonho de Martí — de independência e justiça social — tinha sido esmagado pela ambição de Washington.

Quando um grupo de homens, decididos a alcançar a reforma social e a independência nacional, finalmente tomou o poder em Cuba, em setembro de 1933, o presidente Franklyn Delano Roosevelt, o autor da mal batizada “Política da Boa Vizinhança”, negou-se a reconhecer o novo governo e instou o exército cubano a tomar o poder. Assim foi feito, e a era de Batista começou.

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Simón Bolívar já havia advertido sobre o perigo que os Estados Unidos representavam para a “Nossa América”, e José Martí reiterou-o com clareza meridiana. Em maio de 1895, poucas horas antes de morrer combatendo contra as tropas espanholas, escreveu que seu propósito último era “impedir a tempo, com a independência de Cuba, que os Estados Unidos se estendam pelas Antilhas e caiam, com mais essa força, sobre as nossas terras da América. O quanto fiz até hoje, e farei, é para isso… Vivi no monstro [Estados Unidos] e conheço suas entranhas, e a minha funda é a de Davi.”

Em 1898, quando a rebelião cubana entrou no seu quarto ano, os Estados Unidos intervieram na guerra, aparentemente para liberar Cuba. Depois da derrota da Espanha, Washington impôs aos cubanos a Emenda Platt, segundo a qual se concedia o direito de intervir militarmente e estabelecer bases navais no território cubano (até hoje, a Emenda Platt sobrevive na base norte-americana de Guantánamo).

Mais do que qualquer outro país latinoamericano, Cuba converteu-se, nas palavras de um analista norte-americano, em “um feudo dos Estados Unidos”. O sonho de Martí — de independência e justiça social — tinha sido esmagado pela ambição de Washington.

Quando um grupo de homens, decididos a alcançar a reforma social e a independência nacional, finalmente tomou o poder em Cuba, em setembro de 1933, o presidente Franklyn Delano Roosevelt, o autor da mal batizada “Política da Boa Vizinhança”, negou-se a reconhecer o novo governo e instou o exército cubano a tomar o poder. Assim foi feito, e a era de Batista começou.

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