
Os estudos no campo do Ensino de História ganharam volume nos últimos anos, sobretudo, pelas pesquisas que vem sendo desenvolvidas no interior dos programas de pós-graduação (mestrados acadêmicos, mestrados profissionais e doutorado). Diferentes objetos são problematizados na tentativa de encontrar respostas para as seguintes questões: O como se aprende História? Como se ensina História? O que se ensina? Por que se ensina esse conteúdo?
Na busca de resolver essas indagações os pesquisadores e pesquisadoras têm lançado mão de estratégias teóricas-metodológicas para analisar a sala de aula, as práticas pedagógicas, os saberes históricos escolares, os livros didáticos, os museus, as aulas de campo, os cadernos escolares e também as narrativas dos estudantes.
O presente projeto editorial tem como foco o debate sobre Práticas de Pesquisa em Ensino de História, reunindo textos que apresentam reflexões sobre os percursos investigativos realizados para problematizar os fenômenos do ensinar e aprender. A intenção dos textos é abordar os encadeamentos dos procedimentos metodológicos, da fundamentação teórica, dos conceitos utilizados, das fontes e dos resultados alcançados nas pesquisas.
Por isso, adotou-se a metáfora da encruzilhada, tomada aqui como uma imagem conceito (cruzamento) e referência epistemológica (trânsito), pois, as pesquisas mostram que o campo é lugar de cruzamento. As/Os pesquisadoras(es) apresentam os exercícios metodológicos que realizaram para construir suas dissertações. Os trabalhos ressaltam a necessidade do diálogo com diferentes campos do conhecimento (Antropologia, Comunicação, Educação, Psicologia, Ciências Políticas e Linguística).
Nesse sentido, o livro Encruzilhadas Da Pesquisa No Ensino Da História, ao longo de seus treze artigos, demonstra ao mesmo tempo, o rigor científico instituído pela ciência ocidental sem abrir mão da resistência criativa de forjar estratégias metodológicas para observar objetos de estudos singulares. Os textos demonstram que fazer pesquisa é uma arte de cruzar caminhos seja dos estudantes, gestores escolares, colegas de ofício, autores e outros sujeitos.
