A Ciranda Infantil E As Crianças Sem Terrinha

Neste livro, Barcellos procurou analisar a proposta educacional do MST para a infância no contexto da Ciranda Infantil.

Como é consabido, as escolas estatais no campo, denominadas de escolas rurais, sempre foram um apêndice limitado nos projetos sociais brasileiros. Quando se trata da educação infantil, as escolas são ainda mais escassas e atendem apenas a uma parcela mínima das crianças de zero a cinco anos de idade. Isso justifica o fato de que, para o MST, em seguida à luta pela reforma agrária, encontra-se a luta pelo direito à educação.

Para enfrentar a problemática da falta de escolas no campo, em especial de educação infantil, o MST decidiu tomar em suas próprias mãos a organização desse nível de ensino, formulando e implantando um projeto educacional voltado às suas crianças denominado de Ciranda Infantil.

No estudo desta temática, Barcellos procurou analisar a proposta educacional do MST para a infância no contexto das Cirandas Infantis. Para alcançar esse objetivo geral, o autor apresenta a história do MST, particularmente sobre a formação dos Sem Terra e dos Sem Terrinhas, analisa a concepção de infância e de criança do MST, e caracteriza a organização da Ciranda Infantil, apontando sua história, princípios, objetivos e resultados alcançados pelo Movimento.

A pesquisa de Barcellos, que ora é apresentada ao público, pode ser considerada altamente relevante por vários motivos.

Primeiro, porque tem como objeto de estudo um nível importante da escolaridade, cujo projeto foi elaborado e implantado por um movimento social, que almeja uma formação crítica e emancipadora para os seus membros.

Segundo, porque em sua análise, o autor coloca em destaque os princípios filosóficos e pedagógicos da educação do MST, em especial a visão de infância e de criança do Movimento, que difere da visão burguesa, já que seus objetivos estão voltados para a classe trabalhadora.

E, por fim, porque a pesquisa possui rigor científico e está sendo apresentada em um momento econômico-político dramático para o país. Dentre as várias ações do desgoverno que comanda o país, neste momento, encontra-se a total destruição da educação e suas instituições, em especial o encerramento dos Programas Educacionais voltados para os povos do campo.

Desse ponto de vista, apresentar um estudo que coloca em epígrafe a experiência educacional de um movimento social que luta por justiça e igualdade é também um ato de resistência.

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Como é consabido, as escolas estatais no campo, denominadas de escolas rurais, sempre foram um apêndice limitado nos projetos sociais brasileiros. Quando se trata da educação infantil, as escolas são ainda mais escassas e atendem apenas a uma parcela mínima das crianças de zero a cinco anos de idade. Isso justifica o fato de que, para o MST, em seguida à luta pela reforma agrária, encontra-se a luta pelo direito à educação.

Para enfrentar a problemática da falta de escolas no campo, em especial de educação infantil, o MST decidiu tomar em suas próprias mãos a organização desse nível de ensino, formulando e implantando um projeto educacional voltado às suas crianças denominado de Ciranda Infantil.

No estudo desta temática, Barcellos procurou analisar a proposta educacional do MST para a infância no contexto das Cirandas Infantis. Para alcançar esse objetivo geral, o autor apresenta a história do MST, particularmente sobre a formação dos Sem Terra e dos Sem Terrinhas, analisa a concepção de infância e de criança do MST, e caracteriza a organização da Ciranda Infantil, apontando sua história, princípios, objetivos e resultados alcançados pelo Movimento.

A pesquisa de Barcellos, que ora é apresentada ao público, pode ser considerada altamente relevante por vários motivos.

Primeiro, porque tem como objeto de estudo um nível importante da escolaridade, cujo projeto foi elaborado e implantado por um movimento social, que almeja uma formação crítica e emancipadora para os seus membros.

Segundo, porque em sua análise, o autor coloca em destaque os princípios filosóficos e pedagógicos da educação do MST, em especial a visão de infância e de criança do Movimento, que difere da visão burguesa, já que seus objetivos estão voltados para a classe trabalhadora.

E, por fim, porque a pesquisa possui rigor científico e está sendo apresentada em um momento econômico-político dramático para o país. Dentre as várias ações do desgoverno que comanda o país, neste momento, encontra-se a total destruição da educação e suas instituições, em especial o encerramento dos Programas Educacionais voltados para os povos do campo.

Desse ponto de vista, apresentar um estudo que coloca em epígrafe a experiência educacional de um movimento social que luta por justiça e igualdade é também um ato de resistência.

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