América Latina, Literatura E Política

Os textos de América Latina, Literatura E Política ensaiam o ponto de vista latino-americano, como desejo/realização literária de outro mundo.

Os textos de América Latina, Literatura E Política, cada qual com suas especificidades, ensaiam o ponto de vista latino-americano, como desejo/realização literária de outro mundo, razão pela qual são antes de tudo políticos, pois partem do nosso lugar na polis do sistema-mundo, a fim de, não menos politicamente, pensar e teorizar sobre a produção de alguns autores latino-americanos, escolhidos em função das formas singulares de suas produções literárias – e singulares tendo vista a maneira como responderam criativamente a alguns dos dilemas e desafios de nossa situação de povos colonizados, como a nossa relação com a cultura letrada ou a crise desta em face do advento de uma civilização da e para a imagem em movimento, sobretudo tendo em vista o advento da televisão a partir de 1924; como as intrincadas relações de poder entre norte-sul e entre os mais diversos segmentos de classe no interior do sul e suas patéticas relações de reificação com o capital simbólico, cultural e econômico da metrópole da ocasião; como o surgimento da cultura de massa ou como a perturbadora racionalidade de boa parte de nossa população, sobretudo as rurais e interioranas, as quais, não obstante parecerem ser pré-modernas, são ou podem ser um importante ponto de inflexão crítico-criativo em relação às racionalidades dominantes da modernidade-mundo.

Em face de tantos tópicos político-sociais, não significa que a literatura não tenha a sua própria autonomia e que, portanto, ela deva, na periferia do sistema-mundo, representar e produzir as relações de poder entre norte e sul ou inscrever o drama vivido por nossas abandonadas populações.

Os ensaios de América Latina, Literatura E Política partem da premissa da autonomia da série literária, embora ao mesmo tempo assumam que essa autonomia detém tanto mais potência criativa quanto mais se apresente como singularidade estético-expressiva em relação a outras obras literárias da modernidade-mundo, o chamado cânone; assim como em relação às formas como tais ou quais obras latinoamericanas inscreveram-se como uma complexa possibilidade experimental para e em face da modernidade-mundo: linhas de fora.

Autonomia não significa, assim, alheamento em face do mundo e da vida. Pelo contrário, autonomia literária constitui-se sempre em relação com algo do mundo, sem precisar representá-lo ou reproduzi-lo, situações em que a autonomia não seria, obviamente, autonomia.

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Os textos de América Latina, Literatura E Política ensaiam o ponto de vista latino-americano, como desejo/realização literária de outro mundo.

Os textos de América Latina, Literatura E Política, cada qual com suas especificidades, ensaiam o ponto de vista latino-americano, como desejo/realização literária de outro mundo, razão pela qual são antes de tudo políticos, pois partem do nosso lugar na polis do sistema-mundo, a fim de, não menos politicamente, pensar e teorizar sobre a produção de alguns autores latino-americanos, escolhidos em função das formas singulares de suas produções literárias – e singulares tendo vista a maneira como responderam criativamente a alguns dos dilemas e desafios de nossa situação de povos colonizados, como a nossa relação com a cultura letrada ou a crise desta em face do advento de uma civilização da e para a imagem em movimento, sobretudo tendo em vista o advento da televisão a partir de 1924; como as intrincadas relações de poder entre norte-sul e entre os mais diversos segmentos de classe no interior do sul e suas patéticas relações de reificação com o capital simbólico, cultural e econômico da metrópole da ocasião; como o surgimento da cultura de massa ou como a perturbadora racionalidade de boa parte de nossa população, sobretudo as rurais e interioranas, as quais, não obstante parecerem ser pré-modernas, são ou podem ser um importante ponto de inflexão crítico-criativo em relação às racionalidades dominantes da modernidade-mundo.

Em face de tantos tópicos político-sociais, não significa que a literatura não tenha a sua própria autonomia e que, portanto, ela deva, na periferia do sistema-mundo, representar e produzir as relações de poder entre norte e sul ou inscrever o drama vivido por nossas abandonadas populações.

Os ensaios de América Latina, Literatura E Política partem da premissa da autonomia da série literária, embora ao mesmo tempo assumam que essa autonomia detém tanto mais potência criativa quanto mais se apresente como singularidade estético-expressiva em relação a outras obras literárias da modernidade-mundo, o chamado cânone; assim como em relação às formas como tais ou quais obras latinoamericanas inscreveram-se como uma complexa possibilidade experimental para e em face da modernidade-mundo: linhas de fora.

Autonomia não significa, assim, alheamento em face do mundo e da vida. Pelo contrário, autonomia literária constitui-se sempre em relação com algo do mundo, sem precisar representá-lo ou reproduzi-lo, situações em que a autonomia não seria, obviamente, autonomia.

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