O Caso Dreyfus: Ilha Do Diabo, Guantánamo E O Pesadelo Da História

Em 1894, Alfred Dreyfus, jovem e brilhante capitão da artilharia do exército francês, foi acusado de alta traição, julgado a portas fechadas por uma corte marcial e condenado ao degredo perpétuo na ilha do Diabo.

A base para a acusação foi um papel que enumerava segredos militares franceses entregues ao adido militar na embaixada alemã em Paris. O antissemitismo recrudescia na sociedade francesa da época e era ainda mais acentuado no exército, de modo que o nome de Dreyfus saltou à vista dos encarregados de encontrar o traidor.
O Caso Dreyfus dividiu a sociedade francesa entre os que exigiam um julgamento justo e os que não admitiam que se contestasse a palavra de membros da cúpula do exército francês para defender um judeu. O resto do mundo horrorizou-se com o desrespeito às regras de procedimento jurídico no país da liberdade, igualdade e fraternidade.
A habilidade de Begley como escritor e seus conhecimentos jurídicos traduzem com clareza a complexidade do Caso Dreyfus. Seu relato provoca indignação e chama a atenção para o fato de que não se vê esse mesmo estarrecimento quando se trata dos desmandos e torturas cometidos contra prisioneiros de Guantánamo, que nunca tiveram um julgamento justo.
Quando eu fazia as últimas alterações no manuscrito deste livro hoje, o dia seguinte ao da posse do presidente Barack Obama, li em um artigo do Miami Herald que o promotor do Pentágono na Base Naval de Guantánamo apresentara na tarde anterior, oito horas depois de o presidente prestar juramento para assumir o cargo, um pedido de suspensão por 120 dias do julgamento dos crimes de guerra do suposto mentor do atentado de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed. O propósito do pedido era dar ao novo governo tempo para estudar a guerra em curso contra os processos por terrorismo. Segundo um porta-voz da comissão militar em Guantánamo, seriam pedidas suspensões semelhantes em todos os casos pendentes. Mohammed é um dos cinco detentos, todos alegadamente envolvidos no planejamento dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, em cujos processos o governo pede a pena de morte.

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Em 1894, Alfred Dreyfus, jovem e brilhante capitão da artilharia do exército francês, foi acusado de alta traição, julgado a portas fechadas por uma corte marcial e condenado ao degredo perpétuo na ilha do Diabo. A base para a acusação foi um papel que enumerava segredos militares franceses entregues ao adido militar na embaixada alemã em Paris. O antissemitismo recrudescia na sociedade francesa da época e era ainda mais acentuado no exército, de modo que o nome de Dreyfus saltou à vista dos encarregados de encontrar o traidor.
O Caso Dreyfus dividiu a sociedade francesa entre os que exigiam um julgamento justo e os que não admitiam que se contestasse a palavra de membros da cúpula do exército francês para defender um judeu. O resto do mundo horrorizou-se com o desrespeito às regras de procedimento jurídico no país da liberdade, igualdade e fraternidade.
A habilidade de Begley como escritor e seus conhecimentos jurídicos traduzem com clareza a complexidade do Caso Dreyfus. Seu relato provoca indignação e chama a atenção para o fato de que não se vê esse mesmo estarrecimento quando se trata dos desmandos e torturas cometidos contra prisioneiros de Guantánamo, que nunca tiveram um julgamento justo.
Quando eu fazia as últimas alterações no manuscrito deste livro hoje, o dia seguinte ao da posse do presidente Barack Obama, li em um artigo do Miami Herald que o promotor do Pentágono na Base Naval de Guantánamo apresentara na tarde anterior, oito horas depois de o presidente prestar juramento para assumir o cargo, um pedido de suspensão por 120 dias do julgamento dos crimes de guerra do suposto mentor do atentado de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed. O propósito do pedido era dar ao novo governo tempo para estudar a guerra em curso contra os processos por terrorismo. Segundo um porta-voz da comissão militar em Guantánamo, seriam pedidas suspensões semelhantes em todos os casos pendentes. Mohammed é um dos cinco detentos, todos alegadamente envolvidos no planejamento dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, em cujos processos o governo pede a pena de morte.

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