O ímpeto de tudo dominar culminou em um estado de guerra entre o homem e a natureza, com a ruptura dos elos básicos entre ambos. A escassez dos recursos naturais apresenta-se como consequência da exploração predatória da natureza, refletindo a crise de vínculo entre o homem e o meio ambiente.
Apoiando-se na perspectiva comunitarista – com sua ênfase no equilíbrio entre Estado, comunidade e mercado, na relevância dos valores morais para a transformação social e na importância decisiva da participação comunitária nas decisões públicas –, o presente trabalho investiga as contribuições das comunidades responsivas para os necessários avanços nas políticas públicas para a construção de uma consciência mais sustentável, alinhada com as diretrizes da democracia participativa e deliberativa e da inclusão social.
Partindo da premissa de que a construção desse pensamento requer a presença ativa dos cidadãos, o problema enfrentado pela pesquisa é: a participação comunitária vem exercendo papel relevante no processo de formulação e de implementação de um novo modelo econômico e de consumo, a ponto de assegurar o equilíbrio entre Estado, mercado e comunidade?
A argumentação enfatiza que a participação comunitária é um elemento diferenciador do novo paradigma sustentável em relação ao tradicional paradigma economicista.
Se, por um lado, a participação não tem evitado, muitas vezes, a sobreposição de interesses do mercado aos direitos fundamentais, por outro, há amplas evidências de que vem amenizando os impactos de tais interesses sobre o ambiente, contribuindo para as sustentabilidades ambiental e econômica do consumo, bem como para o fortalecimento do seu caráter democrático e inclusivo.
A Coletânea Educação Para O Consumo tem como temática o debate que envolve o consumo e a sustentabilidade, cujos grandes desafios perpassam pelas transformações ocorridas no ecossistema, em virtude das intervenções feitas pelo homem no meio ambiente.
Várias são as histórias estabelecidas em decorrência dessa intervenção constante que o homem faz no ambiente.
Colhem-se os frutos na atualidade, e são inúmeras as consequências enfrentadas por todos, como as mudanças climáticas, o aquecimento global, a escassez de água, a extinção animal, entre outros, que alteram significativamente os ciclos na Terra.
Desse modo, há uma preocupação dos organismos governamentais e não governamentais em instituir algumas diretrizes para que se estabeleça uma convivência pacífica entre os seres humanos e o ambiente.