Transculturação E Identidades Na Obra De Daniel Munduruku

Esta obra tem como objetivo refletir sobre a identidade cultural do índio brasileiro na produção literária do escritor indígena Daniel Munduruku.

Esta obra tem como objetivo refletir sobre a identidade cultural do índio brasileiro na produção literária do escritor indígena Daniel Munduruku, pelo viés do processo da transculturação.

Na contemporaneidade é possível observar que no contexto de efervescência dos movimentos sociais/culturais as produções literárias de grupos marginalizados ou das minorias estão em evidência no cenário literário. Desta forma, os indígenas por meio dos seus escritores estão também em ascendência.

É um marco importante na história da Literatura Brasileira, pois por muitos anos o índio era apenas personagem dos contos e das histórias ficcionais dos escritores não índios, e agora ele passou a ser: elaborador/narrador/protagonista de sua própria história.

Portanto, analisamos como os discursos de construção de identidade(s) se configura(m) nas seguintes obras de Munduruku: O sinal do pajé (2003); Sabedoria das Águas (2004); Todas as coisas são pequenas (2008) e Meu vô Apolinário (2009), pensando estas obras e/ou literatura como um produto transcultural.

É importante destacar que a literatura brasileira dos séculos XVII até o XIX, que permeava a fundação de uma identidade de nação, tratou o indígena de duas maneiras: uma mais romântica, representando aquele índio aportuguesado ou idealizado através dos olhares europeus, atribuindo-lhe os mesmos valores culturais do colonizador e a outra maneira é a da selvageria, povos sem almas, considerados como um estorvo para o progresso da nação.

Logo, é na falta desse olhar dos indígenas sobre si próprios que Munduruku, por meio da literatura indígena, procura estabelecer um canal em que o(s) indígena(s) e sua(s) identidade(s), seja(m) visto(s) e se identifique(m) com ela.

Manter as palavras no singular e o uso entre parêntesis do “s” para pluralizá-las é a maneira que encontrei de evidenciar que vamos tratar da questão identitária do indígena Daniel Munduruku como sujeito individual e também como sujeito coletivo que representa uma coletividade.

Acerca do assunto Bernd (2003) nos diz que “estas literaturas de minorias, estão voltadas para a consolidação de um projeto identitário, o sujeito emergente procura reapropriar-se de um espaço existencial”.

Portanto, é sob esse viés que a literatura de Munduruku e de seus companheiros indígenas literatos, busca legitimar essa outra visão sobre as identidades dos indígena brasileiros, baseada nos elementos tradicionais destas culturas como os mitos, as narrativas orais, as danças, os ritos e, principalmente, na relação homem-natureza, bem como nos valores de ancestralidades.

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Esta obra tem como objetivo refletir sobre a identidade cultural do índio brasileiro na produção literária do escritor indígena Daniel Munduruku.

Esta obra tem como objetivo refletir sobre a identidade cultural do índio brasileiro na produção literária do escritor indígena Daniel Munduruku, pelo viés do processo da transculturação.

Na contemporaneidade é possível observar que no contexto de efervescência dos movimentos sociais/culturais as produções literárias de grupos marginalizados ou das minorias estão em evidência no cenário literário. Desta forma, os indígenas por meio dos seus escritores estão também em ascendência.

É um marco importante na história da Literatura Brasileira, pois por muitos anos o índio era apenas personagem dos contos e das histórias ficcionais dos escritores não índios, e agora ele passou a ser: elaborador/narrador/protagonista de sua própria história.

Portanto, analisamos como os discursos de construção de identidade(s) se configura(m) nas seguintes obras de Munduruku: O sinal do pajé (2003); Sabedoria das Águas (2004); Todas as coisas são pequenas (2008) e Meu vô Apolinário (2009), pensando estas obras e/ou literatura como um produto transcultural.

É importante destacar que a literatura brasileira dos séculos XVII até o XIX, que permeava a fundação de uma identidade de nação, tratou o indígena de duas maneiras: uma mais romântica, representando aquele índio aportuguesado ou idealizado através dos olhares europeus, atribuindo-lhe os mesmos valores culturais do colonizador e a outra maneira é a da selvageria, povos sem almas, considerados como um estorvo para o progresso da nação.

Logo, é na falta desse olhar dos indígenas sobre si próprios que Munduruku, por meio da literatura indígena, procura estabelecer um canal em que o(s) indígena(s) e sua(s) identidade(s), seja(m) visto(s) e se identifique(m) com ela.

Manter as palavras no singular e o uso entre parêntesis do “s” para pluralizá-las é a maneira que encontrei de evidenciar que vamos tratar da questão identitária do indígena Daniel Munduruku como sujeito individual e também como sujeito coletivo que representa uma coletividade.

Acerca do assunto Bernd (2003) nos diz que “estas literaturas de minorias, estão voltadas para a consolidação de um projeto identitário, o sujeito emergente procura reapropriar-se de um espaço existencial”.

Portanto, é sob esse viés que a literatura de Munduruku e de seus companheiros indígenas literatos, busca legitimar essa outra visão sobre as identidades dos indígena brasileiros, baseada nos elementos tradicionais destas culturas como os mitos, as narrativas orais, as danças, os ritos e, principalmente, na relação homem-natureza, bem como nos valores de ancestralidades.

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