Aforismos

Aforismos - “O aforismo jamais coincide com a verdade; ou é uma meia verdade ou uma verdade e meia”, escreveu Karl Kraus (1874-1936) a respeito do gênero em que se tornou um mestre. Personagem singular do debate intelectual europeu do começo do século XX, Kraus encontrou na brevidade e na condensação extrema dos aforismos a forma ideal de espetar seus adversários – notadamente jornalistas, políticos e figuras prestigiadas do meio cultural vienense.


Exprimindo o que à primeira vista pode parecer uma generalização abusiva, os aforismos desestabilizam as certezas cotidianas cristalizadas em frases feitas e, à luz de seu brilho repentino, desvenda aspectos da realidade até então ignorados.
Neste volume, apresenta-se uma poderosa mostra de como podem ser cortantes esses pequenos textos – e de como Kraus, manejando a sátira, feriu seus inimigos com grande concisão. Como ele mesmo dizia: “Há escritores que já conseguem dizer em vinte páginas aquilo para o que às vezes preciso de até duas linhas.”
Karl Kraus não foi apenas o maior autor satírico de língua alemã do século XX, mas chegou a ser considerado um dos maiores satiristas de todos os tempos, digno de figurar — no entender de outro grande escritor, Elias Canetti — ao lado dos nomes de Aristófanes, Juvenal, Quevedo, Swift e Gogol.
Sua obra é vasta e multifacetada: milhares de páginas de ensaios, aforismos, poemas, peças teatrais e adaptações, cujas primeiras versões foram em boa medida publicadas no jornal Die Fackel (A tocha), que o escritor fundou em 1899 e passou a redigir sozinho a partir de 1911 até poucos meses antes de sua morte, em 1936.
Kraus nasceu na cidade de Jičin, na Boêmia, em 1874; três anos depois, a família, cujo pai fizera fortuna no ramo da fabricação de papel, mudou-se para Viena, onde Kraus passaria toda a sua vida. De início, estudou direito e, a partir de 1894, contrariando a vontade paterna, filosofia.
Entre 1892 e 1899 escreveu artigos para vários jornais, apartando-se bruscamente do meio literário e jornalístico de que fazia parte para fundar seu próprio jornal. Sobre esse momento, Kraus diria anos depois num aforismo: “Logo se completarão dez anos que não recobro mais a consciência. A última vez que a recobrei, fundei um jornal polêmico”.

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Aforismos – “O aforismo jamais coincide com a verdade; ou é uma meia verdade ou uma verdade e meia”, escreveu Karl Kraus (1874-1936) a respeito do gênero em que se tornou um mestre. Personagem singular do debate intelectual europeu do começo do século XX, Kraus encontrou na brevidade e na condensação extrema dos aforismos a forma ideal de espetar seus adversários – notadamente jornalistas, políticos e figuras prestigiadas do meio cultural vienense.
Exprimindo o que à primeira vista pode parecer uma generalização abusiva, os aforismos desestabilizam as certezas cotidianas cristalizadas em frases feitas e, à luz de seu brilho repentino, desvenda aspectos da realidade até então ignorados.
Neste volume, apresenta-se uma poderosa mostra de como podem ser cortantes esses pequenos textos – e de como Kraus, manejando a sátira, feriu seus inimigos com grande concisão. Como ele mesmo dizia: “Há escritores que já conseguem dizer em vinte páginas aquilo para o que às vezes preciso de até duas linhas.”
Karl Kraus não foi apenas o maior autor satírico de língua alemã do século XX, mas chegou a ser considerado um dos maiores satiristas de todos os tempos, digno de figurar — no entender de outro grande escritor, Elias Canetti — ao lado dos nomes de Aristófanes, Juvenal, Quevedo, Swift e Gogol.
Sua obra é vasta e multifacetada: milhares de páginas de ensaios, aforismos, poemas, peças teatrais e adaptações, cujas primeiras versões foram em boa medida publicadas no jornal Die Fackel (A tocha), que o escritor fundou em 1899 e passou a redigir sozinho a partir de 1911 até poucos meses antes de sua morte, em 1936.
Kraus nasceu na cidade de Jičin, na Boêmia, em 1874; três anos depois, a família, cujo pai fizera fortuna no ramo da fabricação de papel, mudou-se para Viena, onde Kraus passaria toda a sua vida. De início, estudou direito e, a partir de 1894, contrariando a vontade paterna, filosofia.
Entre 1892 e 1899 escreveu artigos para vários jornais, apartando-se bruscamente do meio literário e jornalístico de que fazia parte para fundar seu próprio jornal. Sobre esse momento, Kraus diria anos depois num aforismo: “Logo se completarão dez anos que não recobro mais a consciência. A última vez que a recobrei, fundei um jornal polêmico”.

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