Karen Armstrong – Campos De Sangue: Religião E A História Da Violência
Neste estudo, Karen Armstrong investiga as grandes tradições religiosas em busca de respostas, e nos conduz a uma viagem pela história das maiores religiões do mundo.
O resultado é uma visão despida dos preconceitos que tanto obscurecem o debate, imprescindível num momento em que as tensões geopolíticas parecem prestes a transbordar.
Amparado na vasta erudição da autora e no seu compromisso em promover a empatia entre os povos, Campos De Sangue mostra que a religião não é a causa de nossos problemas.
Campos De Sangue começou a ser esboçado desde o ataque às Torres Gêmeas, em 2001, busca avaliar a influência da fé em um passado quando religião e Estado eram inseparáveis, algo que mudou no Ocidente moderno e que ainda é estranho a determinadas culturas do outro hemisfério.
“Escrevi um livro sobre religiões e violência e creio que seja importante perceber que até o período moderno não havia distinção entre religião e política. Todas as ideologias políticas do mundo eram imbuídas de religião e, portanto, a religião estava envolvida na violência do Estado, do Império.
É igualmente importante reconhecer que qualquer religião que tenha se tornado mundial, que tenha se espalhado por todo o planeta, tornou-se tal não por suas lindas ideias ou ideologias, mas porque foram adotadas pelo Estado, um Estado dinâmico e em expansão ou um Império.
Até o cristianismo, no qual temos Jesus falando com convicção contra o Império Romano, foi adotado por Constantino e, então, por outros impérios: aqui, pelo Império Português, e portanto, o cristianismo está envolvido na violência e na exploração do Império.
Mas, pense na religião como fazemos no mundo moderno, como algo separado, que não deve ser misturado com política. Isso é uma ideia muito nova e é uma ideia ocidental, algo que criamos para nossos próprios interesses políticos nos séculos XVII e XVIII.”
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