A primeira parte deste livro é teórica e retoma os conceitos fundamentais que foram apresentados em Cine: 100 anos de filosofia, tais como “logopatia” e “conceito-imagem”. E o resultado de reflexões surgidas em debates, cursos e conferências sobre cinema e filosofia no Brasil e no México. A segunda parte contém novos comentários de filmes ao longo da história oficial da filosofia. Os textos têm diferentes estilos e enfoques, dependendo da época em que foram escritos. Espero que esta diversidade, longe de incomodar o leitor, o estimule a ler também de maneiras diferentes.
Creio que foi o impacto de O sexto sentido o que me levou, logopaticamente, a este novo livro. Nenhum outro filme recente me fez sentir tão fortemente como o cinema pode pensar.
Este livro pretende abrir as discussões sobre cinema e filosofia no Brasil, mais ou menos na mesma linha em que já foram abertas no mundo hispânico pelo livro de 1999 e, na Itália, com a tradução em 2000. Outros livros meus que estão aparecendo (Margens das filosofias da linguagem, Ética negativa: problemas e discussões, Inferências lexicais e interpretações-rede de predicados e o Diário de um filósofo no Brasil) vão indicar, de soslaio, o lugar específico que as reflexões cine-filosóficas ocupam hoje no meu pensamento.
A minha idéia da “filosofia filmada” se encaminha através de uma noção fundamental: conceito-imagem. Muitas confusões e discussões foram levantadas a partir desta diversificada noção, durante os anos que se seguiram à publicação de Cine: 100 anos de filosofia, em 1999, tanto em cursos sobre cinema e filosofia como em discussões particulares. De maneira que é esta noção à qual se deverá voltar para tentar esclarecer a minha particular abordagem da questão de como o cinema pensa, e de como diferenciá-lo do pensar escrito tradicional.
Os conceitos foram tradicionalmente concebidos como formações (de corte essencialista na filosofia clássica, de tipo funcional na filosofia mais recente) que tratam de captar, descrever e organizar algum tipo de realidade, particular ou universal.
De Hitchcock A Greenaway Pela História Da Filosofia
- Cinema, Filosofia
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