Música Popular De Índios, Negros E Mestiços

Música Popular De Índios, Negros E Mestiços propõe um levantamento da história quase clandestina de uma cultura popular ao nível das camadas mais baixas.

Na introdução da obra José Ramos Tinhorão afirma que a História da Cultura no Brasil
tem sido identificada à cultura das elites, e que mesmo alguns folcloristas ainda superestimam as origens milenares, as genealogias, os paralelismos com os fenômenos universais.

Propõe, portanto, um "levantamento da história quase clandestina de uma cultura popular ao nível das camadas mais baixas dos mais antigos núcleos de vida urbana colonial, até a atualidade".

O trabalho engloba a música dos índios e jesuítas, negros das irmandades
religiosas, bandas de músicas das fazendas, como também dos barbeiros do
Rio de Janeiro e Bahia.

Em relação às músicas e danças de negros e mestiços destacamos a fofa, os batuques, o lundu-canção, a música dos negros da rua e do interior e a sua contribuição para o carnaval.

O autor inclui ainda, pioneira mente, as festas da segunda-feira do Bonfim na Bahia e a Festa da Penha no Rio de Janeiro, esta última acrescida de uma bibliografia literária.

Estudando a música dos negros das irmandades religiosas, o autor adota o ponto de vista que Herskovits já sustentava em 1937, em tese encaminhada ao II Congresso Afro-Brasileiro reunido na Bahia. Mostra que não apenas no Brasil, mas nos demais países importadores de escravos (Cuba, Haiti), a aceitação da religião católica foi sempre nominal.

Exemplifica com as origens do Rosário e ressalta as coleções de estampas religiosas no processo de sincretismo. Afirma que os negros se fixaram em Nossa Senhora do Rosário "pela ligação estabelecida com o seu orixá Ifá, através do qual era possível consultar o destino atirando soltas ou unidas em rosário as nozes de uma palmeira chamada okpê-lifá".

Foi, portanto, à sombra das irmandades, principalmente a de Nossa Senhora do Rosário, devoção introduzida no século XIII por São Domingos, que os negros se organizaram na participação da vida popular brasileira.

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tem sido identificada à cultura das elites, e que mesmo alguns folcloristas ainda superestimam as origens milenares, as genealogias, os paralelismos com os fenômenos universais.

Propõe, portanto, um “levantamento da história quase clandestina de uma cultura popular ao nível das camadas mais baixas dos mais antigos núcleos de vida urbana colonial, até a atualidade”.

O trabalho engloba a música dos índios e jesuítas, negros das irmandades
religiosas, bandas de músicas das fazendas, como também dos barbeiros do
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Em relação às músicas e danças de negros e mestiços destacamos a fofa, os batuques, o lundu-canção, a música dos negros da rua e do interior e a sua contribuição para o carnaval.

O autor inclui ainda, pioneira mente, as festas da segunda-feira do Bonfim na Bahia e a Festa da Penha no Rio de Janeiro, esta última acrescida de uma bibliografia literária.

Estudando a música dos negros das irmandades religiosas, o autor adota o ponto de vista que Herskovits já sustentava em 1937, em tese encaminhada ao II Congresso Afro-Brasileiro reunido na Bahia. Mostra que não apenas no Brasil, mas nos demais países importadores de escravos (Cuba, Haiti), a aceitação da religião católica foi sempre nominal.

Exemplifica com as origens do Rosário e ressalta as coleções de estampas religiosas no processo de sincretismo. Afirma que os negros se fixaram em Nossa Senhora do Rosário “pela ligação estabelecida com o seu orixá Ifá, através do qual era possível consultar o destino atirando soltas ou unidas em rosário as nozes de uma palmeira chamada okpê-lifá”.

Foi, portanto, à sombra das irmandades, principalmente a de Nossa Senhora do Rosário, devoção introduzida no século XIII por São Domingos, que os negros se organizaram na participação da vida popular brasileira.

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